sexta-feira, 14 de fevereiro de 2014

Economia brasileira cresceu 2,57% em 2013, diz BC

A economia brasileira cresceu 2,57% no ano passado, de acordo com o Índice de Crescimento do Banco Central (IBC-Br). Superou a previsão dos analistas do mercado financeiro para o crescimento do país em 2013 de 2,24%. Essa projeção, entretanto, é para o desempenho oficial do Produto Interno Bruto (PIB), divulgado pelo IBGE. Nos últimos tempos, o “PIB do BC” e o dado oficial tem mostrado algumas divergências.
Em 2010 e 2011 – os primeiros anos em que o IBC-Br passou a ser divulgado – o desempenho do indicador do Banco Central ficou bem próximo ao dado do IBGE. No entanto, em 2012, a discrepância aumentou. No ano, o PIB do BC fechou em 1,35% e o crescimento oficial foi de apenas 1%.
– Eu não acho que não seja um crescimento bom porque vem sobre uma base fraca. O PIB do IBGE virá mais baixo que isso – prevê Flávio Serrano, economista do Banco Espírito Santo.
Ele argumenta que o IBC-Br mostrou que o quarto trimestre não foi de recuperação da economia como alardeou o governo. Ao contrário, nas contas do BC, houve retração da atividade econômica de 0,2%.
– A economia não andou no segundo semestre – frisou o analista. – O Brasil está crescendo muito pouco há muito tempo e quarto trimestre (o dado oficial do IBGE) pode vir bem perto de zero.
Ontem, depois de o IBGE divulgar os frustrantes números do comércio, os economistas começaram a refazer suas contas. A expectativa dos economistas é que dezembro mostrasse uma retração de 1,2% da economia brasileira. O resultado, entretanto, ficou negativo em 1,35.
Mais pessimista que a média dos analistas, estava o Bradesco. A instituição esperava que a economia encolhesse retração de 1,5% em dezembro.
“O resultado veio mais fraco que a mediana do mercado, que esperava recuo de 1,20%, da mesma forma que os dados da indústria e do varejo, referentes ao mesmo período, surpreenderam de forma negativa”, analisou o diretor de Pesquisas e Estudos Econômicos do banco, Octavio de Barros, em relatório.
A corretora Gradual, por exemplo, estava mais otimista e esperava um crescimento de 0,5% das vendas do comércio. Depois de saber o resultado de queda de 0,2%, a projeção para o IBC-Br passou da neutralidade (0%) para uma retração de 0,6%.
O IBC-Br foi criado pelo Banco Central justamente para balizar a condução da política de juros para controlar a inflação. Hoje, a taxa básica de juros (Selic) está em 10,5% ao ano. A estimativa do mercado financeiro é que o Comitê de Política Monetária (Copom) aumente os juros até 11,25% ao ano.
Fonte: O Globo

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