segunda-feira, 17 de fevereiro de 2014

FALTA DE INFRAESTRUTURA ATRAPALHA RN

Natal (Agência Prodetec) – A precariedade da infraestrutura estadual prejudica o melhor desempenho das exportações do Rio Grande do Norte e reduzem sua competitividade. As vendas continuam concentradas em poucos produtos de origem primária, sendo baixíssima a participação de manufaturados.
Com base em dados relativos ao período 2000-2011, os pesquisadores Sinézio Fernandes Maia, da Universidade Federal da Paraíba, e Isis Maria Martins Varela Barca, do Instituto Técnico Federal de Natal, elaboraram um relatório com os principais problemas enfrentados pelo estado na área do comércio externo.
Segundo eles, em 2011, apenas 2,5% das vendas externas saíram pelo porto de Natal, percentual que alcançava 5,2% ao considerar os embarques de sal pelo porto-ilha de Areia Branca, em Macau. Cerca de 26% saem pelo aeroporto.
Recursos naturais
As vendas estão concentradas em pequeno grupo de produtos, sendo considerados como de relevância os peixes, crustáceos, frutas, açúcar e produtos de confeitaria; sal, enxofre, terras e pedras, gesso e cal.
Conforme Sinézio Fernandes e Isis Varela outra característica da pauta exportadora norte-rio-grandense é seu embasamento em produtos para os quais a mão de obra é abundante.
É o caso, por exemplo, do agronegócio da fruticultura irrigada, em que a geração de emprego e renda tem contribuído bastante para o desenvolvimento da economia local.
Perdas
Sem infraestrutura adequada, o Rio Grande do Norte depende de outros portos e do terminal aéreo de Parnamirim para escoamento de seus produtos para o mercado externo.
De acordo com os pesquisadores, o Rio Grande do Norte vem perdendo mercado para o Ceará nas exportações de produtos como melão e castanha de caju, duas de suas maiores fontes de divisas, "devido a benefícios como menor taxação de impostos e melhor infraestrutura".

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