Natal (Agência Prodetec) – A
precariedade da infraestrutura estadual prejudica o melhor desempenho das
exportações do Rio Grande do Norte e reduzem sua competitividade. As vendas
continuam concentradas em poucos produtos de origem primária, sendo baixíssima
a participação de manufaturados.
Com base em dados relativos ao
período 2000-2011, os pesquisadores Sinézio Fernandes Maia, da Universidade
Federal da Paraíba, e Isis Maria Martins Varela Barca, do Instituto Técnico
Federal de Natal, elaboraram um relatório com os principais problemas
enfrentados pelo estado na área do comércio externo.
Segundo eles, em 2011, apenas 2,5%
das vendas externas saíram pelo porto de Natal, percentual que alcançava 5,2%
ao considerar os embarques de sal pelo porto-ilha de Areia Branca, em Macau.
Cerca de 26% saem pelo aeroporto.
Recursos naturais
As vendas estão concentradas em
pequeno grupo de produtos, sendo considerados como de relevância os peixes,
crustáceos, frutas, açúcar e produtos de confeitaria; sal, enxofre, terras e
pedras, gesso e cal.
Conforme Sinézio Fernandes e Isis
Varela outra característica da pauta exportadora norte-rio-grandense é seu
embasamento em produtos para os quais a mão de obra é abundante.
É o caso, por exemplo, do agronegócio
da fruticultura irrigada, em que a geração de emprego e renda tem contribuído
bastante para o desenvolvimento da economia local.
Perdas
Sem infraestrutura adequada, o Rio
Grande do Norte depende de outros portos e do terminal aéreo de Parnamirim para
escoamento de seus produtos para o mercado externo.
De acordo com os pesquisadores, o Rio Grande do Norte vem perdendo
mercado para o Ceará nas exportações de produtos como melão e castanha de caju,
duas de suas maiores fontes de divisas, "devido a benefícios como menor
taxação de impostos e melhor infraestrutura".
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