A prisão do parlamentar depende da entrega do documento à Polícia Federal, o que deve ocorrer ainda na tarde de hoje.
Paulo Cunha, porém, deve se entregar à PF. Ele está em Brasília e ontem participou de um almoço com manifestantes simpáticos ao PT em frente ao Supremo.
Sua prisão é motivo de polêmicas há quase um mês.
Isso porque Joaquim Barbosa decretou o fim do processo de Cunha -- o chamado trânsito em julgado -- no começo de janeiro. Com os demais condenados, essa etapa foi seguida pela expedição do mandado de prisão.
Já esperando a ordem, João Paulo Cunha foi à Brasília aguardá-la. O presidente do STF, no entanto, tirou férias sem assinar o termo e virou alvo de petistas. O vice-presidente da Câmara, André Vargas, disse que ele se comportava de forma "sádica".
Também dentro do STF a decisão causou constrangimentos. Os ministros que ficaram de plantão no período, Cármen Lúcia e Ricardo Lewandowski, não assinaram o mandado, a partir do entendimento de que isso era papel apenas do relator do processo do mensalão; ou seja, Barbosa.
O presidente, da Europa -- onde passou férias e proferiu palestras -- criticou a atitude dos colegas.
"Se eu estivesse como substituto jamais hesitaria em tomar essa decisão", afirmou.
Renúncia
Até agora, Paulo Cunha vem negando a intenção de renunciar ao mandato, como fizeram seu companheiro de partido, José Genoino, e condenados de outras siglas, Valdemar Costa Neto (PR-SP) e Pedro Henry (PP-MT). Com isso, teria de enfrentar o processo de cassação em plenário, que hoje acontece sob voto aberto.
"De ontem para hoje a quantidade de telefonemas que recebi de deputados me conforta demais, mas eu não poderia afirmar o que aconteceria (em um processo de cassação) porque não sei", disse ontem.
Exame.com
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