Publicado na edição impressa de VEJA
De ambos os lados dos acontecimentos de 1964 havia homens brilhantes, honrados, indecisos, aproveitadores ou canalhas. Do lado da esquerda, provavelmente nenhum era tão excepcionalmente qualificado quanto o economista paraibano Celso Furtado. Estava em sua sala na sede da Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste, no Recife, quando soube que a Voz da América noticiava a eclosão de um levante militar em Minas contra João Goulart. Não chegava a ser uma surpresa para Furtado, ilha de razão em meio ao caos de uma administração comandada por um presidente que considerava “fraco”.
Nenhum comentário:
Postar um comentário