Nas discussões preliminares sobre o projeto do Executivo, os deputados solicitaram também o plano de aplicação de todos os empréstimos já aprovados pela Assembleia para o Governo Rosalba. O parlamentar petista chegou a dizer que encontrou anexos coincidentes de aplicações em financiamentos distintos.
Segundo a Assessoria de Imprensa da Assembleia, o Governo, até a tarde dessa sexta-feira, ainda não havia enviado o detalhamento da aplicação do novo pedido de empréstimo. Com isso, não há previsão de quando o projeto começará a tramitar na Casa.
O projeto do pedido de autorização para o empréstimo de R$ 850 milhões já foi alvo até de uma espécie de força tarefa do Banco do Brasil. No final do mês passado, o superintendente da instituição, Sérgio Luiz Cordeiro de Oliveira foi ao Legislativo e se reuniu com uma comissão de deputados. Ele expôs aos deputados a preocupação de que outros Estados possam buscar a verba disponível para o Estado potiguar já que está havendo demora na aprovação do empréstimo, que tramita desde o ano passado na Casa.
Dos deputados, o executivo ouviu comentários cautelosos. Os parlamentares disseram que não colocarão a matéria para votar com dispensa de tramitação e ainda aguardarão as respostas do Governo para poder o processo ser iniciado na Assembleia. O presidente da Assembleia Legislativa, deputado estadual Ricardo Motta (PROS) observou que o projeto do empréstimo será enviado para Comissão de Finanças da Casa, mas logo que o Executivo envie o detalhamento da destinação.
Motta chamou atenção para criação do Fundo dos Municípios para onde será destinado R$ 200 milhões, recursos a serem usados como emendas parlamentares. “Sou favorável a todo dinheiro que venha para investimento no Rio Grande do Norte. Mas o que precisamos agora é do detalhamento da destinação dos recursos do empréstimo”, comentou, logo após a visita do superintendente do Banco do Brasil.
TN
A decisão de não permitir a tramitação do projeto na AL é do presidente da Casa, deputado Ricardo Motta e a única justificativa é POLÍTICA.
Na verdade, o deputado e alguns de seus pares não querem que o atual governo disponha de recursos financeiros num ano eleitoral e, mesmo insistindo, que a governadora não tem salvação política (portanto não deveriam temer) preferem não arriscar.
O calendário eleitoral se sobrepondo até mesmo aos alertas feitos por representantes do BB de que os recursos podem ser perdidos para outros estados e a falácia de que estão aguardando o detalhamento da aplicação para poder iniciar a tramitação é tamanha que esquecem da prerrogativa inerente ao próprio Poder Legislativo que é de FISCALIZAR todos os atos do Executivo.
Ou seja, poderia-se liberar o empréstimo e criar uma comissão para fiscalizar a aplicação de cada centavo. Percebendo-se desvirtuamentos, tomariam-se providências enérgicas.
Mas, os 'municipalistas de araque' só conseguem enxergar o próprio umbigo (eleitoral) e os recursos disponíveis no BB que sejam encaminhados ao Ceará, Paraíba... Afinal, nossos parlamentares são mais cuidadosos do que podem supor os técnicos do BB.
Menos, Ricardinho, menos... A ação é política, somente política. Pode-se afirmar isso com todas as letras e pronto. Afinal, é o ônus que o governante paga por não dispor de uma base aliada e que balance a cabeça para tudo, conforme ocorreu nos últimos governos (desde a época das caravelas).
Lembram dos 300 milhões do BNDES em 2009? (AQUI). José Dias afirmou que a AL no período já tinha autorizado 1,5 bilhões de reais em empréstimo ao governo Wilma e, pasmem, somente Álvaro Dias votou contra.
Imaginem vocês se as excelências potiguares (muitos ainda remanescentes do período) tivessem o mesmo zelo de hoje no período da privatização da COSERN.
É. Reconheço, aí eu já estou querendo demais...
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