sábado, 21 de junho de 2014

crianças pobres e desnutridas além de alimentos precisam de bactérias para sobrevevirem


Crianças desnutridas não possuem bactérias essenciais
Nas crianças sofrendo de desnutrição, as bactérias que vivem em seus intestinos podem determinar se elas poderão ser salvas, segundo cientistas trabalhando em Bangladesh. E eles dizem que pode ser imperativo encontrar uma maneira de dar bactérias a essas crianças, além de alimento.

O estudo, conduzido por pesquisadores da escola de medicina da Universidade de Washington e do International Center for Diarrheal Disease Research em Daca, capital de Bangladesh, foi publicado na semana passada pela revista "Nature".

Trilhões de bactérias no intestino humano ajudam a digerir alimentos e produzir vitaminas, equivalendo a "um órgão microbiano dentro de um órgão", afirmou Jeffrey I. Gordon, um dos autores do estudo. Uma criança só recebe todas as espécies que parecem necessárias com cerca de 3 anos, disse ele.

No entanto, amostras de fezes mostraram que crianças severamente desnutridas muitas vezes não possuem as espécies necessárias – e não as adquirem mesmo quando alimentadas durante semanas com alimentos terapêuticos ricos em nutrientes, como o Plumpy'Nut (à base de amendoim) ou mingau de lentilha. Como resultado, elas podem continuar mental e fisicamente atrofiadas mesmo enquanto recebem calorias suficientes para viver.

Segundo Gordon, os pesquisadores injetaram ratos estéreis com diferentes micróbios do intestino humano para descobrir quais funções são realizadas por cada um deles. A meta é produzir um tipo de sopa bacteriana que possa alimentar as crianças. Os transplantes fecais, por vezes usados para curar infecções graves nos intestinos de adultos, são atualmente impensáveis para as frágeis crianças de Bangladesh, explicou ele, pois eles provavelmente também conteriam agentes patogênicos perigosos.

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