Os dados ora publicados pelo Fórum Brasileiro
de Segurança Pública reforçam que o país convive
com taxas absurdas, que naturalizam mais de
53 mil crimes violentos letais e 50 mil estupros registrados.
Isso para não falar nas constantes ameaças
do crime organizado; no crescimento dos
roubos; e nos padrões operacionais inaceitáveis
de letalidade e vitimização policial, que vitimam
ao menos 6 pessoas mortas por dia pela intervenção das polícias e faz com que o risco de um policial
ser morto seja, em média, 3 vezes superior
ao da população como um todo.
Em 5 anos, as
polícias mataram cerca de 11 mil pessoas.
Como resultado, economicamente falando,
o país gastou mais de R$ 258 bilhões em 2013
com custos sociais da violência, que incluem estimativas
com perdas de vidas, e com despesas
públicas com segurança e prisões.
Ao mesmo
tempo, nossos gastos públicos são equivalentes,
em relação ao PIB, ao que vários países desenvolvidos
gastam com a área, demonstrando que o
dinheiro disponível pode não ser suficiente, mas
estamos longe de resumir essa prioridade apenas
em termos de mais recursos financeiros; em mais
armas e viaturas.
Alguns dados do RN
Homicídios dolosos
Em 2012 vitimaram 368 pessoas e em 2013 subiram para 747 pessoas, crescimento de 93,2%.
Crimes violentos letais intencionais
Em 2012 vitimaram 388 pessoas e em 2013 subiram para 823 pessoas, crescimento de 102,4%.
Violência, morte de desaparecimento de jovens negros e pobres no Brasil:condicionantes e diagnóstico
Entre 1980 e 2012 o SIM registrou um total de:
• 1.202.245 pessoas vítimas de homicídio (637.296 jovens = 53,0%)
• 1.041.335 vítimas de acidentes de transporte (347.894 jovens = 33,4%)
• 216.211 suicidaram-se (71.301 jovens = 33,0)
• As três causas somadas totalizam 2.459.791 vítimas (1.056.491 jovens = 43,0%)
Na Paraíba, o risco de um jovem negro
ser morto é 13,4 vezes maior do que o
risco vivido por um jovem branco; em
Pernambuco, 11,57; em Alagoas, 8,75.
A média brasileira é de 2,7.
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