Dez entre dez servidores públicos estaduais esperavam o mês em que o governo atrasaria os salários. Não era "se", mas "quando" iria ocorrer.
O secretário de Planejamento anunciou que o pagamento dos inativos será em 4 de fevereiro e os servidores da ativa receberão os salários de janeiro em 5 de fevereiro. A desculpa é que a medida é necessária por causa da crise econômica.
A crise existe desde 2014, agravou-se em 2015 e faz tempo que se anuncia um ano de 2016 também difícil.
O que fez o governo potiguar?
- no primeiro semestre de 2015 alguns 'notáveis' declararam que o ano seria de transição, arrumação da casa, que 2016 seria menos ruim e coisa e tal...
- usou e abusou das reservas existentes no Fundo Financeiro do IPERN até exauri-las;
- antecipou a venda da folha de pagamento do governo;
- iludiu-se com a possibilidade do Tesouro autorizar a captação de novos empréstimos;
- e no final do ano de 2015 enfiou goela a dentro dos contribuintes a elevação de alíquotas de impostos.
Faz tempo que a despesa com pessoal ultrapassou o limite legal estabelecido na LRF e nenhuma medida realmente saneadora foi adotada. O governo olha apenas o lado da Receita e insiste no discurso de que "tem feito tudo que pode".
Superestima Receitas com base em cenário completamente destoante da realidade e depois aponta "frustrações" e é provável que os 'notáveis' se satisfaçam com tal discurso tolo.
Informo ao 'grande timoneiro' que as contas continuam chegando e cada vez maiores e que trololó não garante o consumo diário de calorias recomendadas para a manutenção da saúde.
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