quarta-feira, 17 de fevereiro de 2016

ASSEMBLEIA LEGISLATIVA POTIGUAR: Terra de ninguém?

A expressão "terra de ninguém" foi utilizada para designar o território que separava as duas linhas de trincheiras na Primeira Guerra. Inimigos entrincheirados não permitiam que um ou outro lado avançasse, portanto "terra de ninguém". Um lugar infernal.

Pois bem. Parece-me que já está passando da hora  para "alguém" trazer a ALRN para a "terra das leis e da ordem". Não tem cabimento o parlamento potiguar continuar uma "terra de ninguém", permanecer numa "zona cinzenta" em que coisas estranhas ocorrem como se fossem fatos da mais absoluta naturalidade, corriqueiros e, não são.

A penúltima notícia (parece um rosário sem fim - AQUI) publicada pela Tribuna do Norte apresenta informações surreais. De acordo com o Jornal a gestão da Assembleia vem realizando uma "auditoria permanente desde julho de 2015" foram localizados: a) defunto recebendo salário por quatro anos (interessante é que a TN noticiou algum tempo atrás que uma viúva teria procurado a direção da ALRN para informar que seu falecido esposo recebeu salário por quatro anos), assim, pode-se supor que mais de um defunto recebeu salário; b) encontrou servidores que têm empregos na ALRN e em prefeituras do interior ou governo federal.

Realmente, tem-se que louvar trabalho tão eficiente da "auditoria permanente", pois além do "fantasma" apontado pela viúva, surpreendentemente, após a publicação da relação de servidores no novo Portal da Transparência da casa, identificou 280 servidores com "acúmulo ilegal de cargos".

Em tempo: de acordo com a matéria a Assembleia tem 300 servidores ativos e 180 inativos (leia a postagem em destaque "A Assembleia é a cara da riqueza" ao lado). Vale um alerta: a reportagem trata de servidores de carreira, com um total de 480, mas a Tribuna já noticiou que a Assembleia tem mais de 3.000 servidores (AQUI).

Surpresos? Tem mais.

De acordo com o secretário-geral da ALRN não se tem conhecimento da "residência" (comprovante de residência) dos servidores, além de outros documentos que qualquer empregador minimamente responsável exige para realizar pagamentos de salários.

Infere-se que não existe qualquer controle sobre a força de trabalho. E olha que foi preciso fazer "um pente fino" para se concluir que os servidores não precisaram apresentar comprovante de residência para efeito de suas nomeações.

A reportagem não esclarece como os servidores onipresentes comprovariam suas frequências, nem como a Casa controla tais coisas. Não diz se foram instauradas sindicâncias, processos administrativos, limita-se a informar que os servidores serão convocados para fazer a opção. 

Surpresos?

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