quinta-feira, 18 de fevereiro de 2016

IBC-Br recuou 4,08% em 2015

A atividade econômica do Brasil registrou no ano passado a maior recessão em 25 anos após aprofundar a contração no quarto trimestre em meio a incertezas políticas e fiscais que se arrastam para 2016, apontaram nesta quinta-feira dados do Banco Central.

O Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br), espécie de sinalizador do Produto Interno Bruto (PIB) divulgado na manhã desta quinta, recuou 4,08% no ano passado, após a queda de 0,09% em 2014. Se confirmado pelo IBGE, será o pior resultado para o PIB brasileiro desde 1990, quando houve retração de 4,35%.

Só no quarto trimestre do último ano, o indicador teve queda de 1,87% sobre os três meses anteriores, segundo dados dessazonalizados, contra recuo de 1,64% no terceiro trimestre. Em dezembro, o tombo foi de 0,52% sobre novembro, marcando o 10º mês seguido de atividade no vermelho mas melhor do que a expectativa em pesquisa da Reuters de recuo de 0,63%.

O IBGE divulgará os dados sobre o PIB do quarto trimestre de 2015 e do ano passado como um todo no dia 3 de março. A expectativa dos economistas e especialistas consultados pela pesquisa Focus, do Banco Central, é de contração em 2015 de 3,8%.

A forte recessão do ano passado foi agravada por confiança muito fraca tanto de empresários quanto de consumidores e por juros e inflação elevados.

A produção industrial brasileira teve seu pior desempenho histórico em 2015, com recuo de 8,3%, enquanto o volume do setor de serviços registrou o primeiro resultado anual negativo após três anos de altas.

Já o setor varejista foi se deteriorando mês a mês diante da inflação em dois dígitos, restrição de crédito e desemprego elevado.

Analistas não veem recuperação em breve, e a perspectiva no Focus para este ano é de contração de 3,33%, com as projeções para 2017 piorando a cada semana, sendo agora de uma expansão de apenas 0,59%.

O IBC-Br incorpora projeções para a produção no setor de serviços, indústria e agropecuária, bem como o impacto dos impostos sobre os produtos.

VEJA
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A queda do PIB em 2015 se aproximará dos 4% (o IBGE divulgará o resultado oficial no início de março) e mesmo num ambiente recessivo a taxa de inflação continua apontando para cima.

A combinação de inflação alta e recessão severa foi a marca registrada do pior período da história econômica recente (1980/95), mas parece que o martírio já foi esquecido e a atual equipe econômica, recém chegada de Marte, não tem a menor ideia do que fazer.

Em 2016, tudo indica, o PIB despencará mais 4% e as projeções para 2017 são cada vez mais desanimadoras.

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