quarta-feira, 17 de fevereiro de 2016

Minha Mãe

BETY RÊGO BARRETO nasceu em Portalegre/RN em 20 de fevereiro de 1935 e faleceu em Pau dos Ferros/RN em 12 de fevereiro de 2016 às 18h05min, faltando apenas oito dias para completar 81 anos.

Bety foi a segunda filha do casal Vicente do Rêgo Filho e Ana Nunes do Rêgo (Dona Nanú), mas logo se tornou a filha mais velha, pois a primeira, Uilma, morreu muito jovem.

Na infância conviveu com vários irmãos e irmãs (as duas primeiras esposas de Vicente do Rêgo morreram precocemente) e os laços fraternos permaneceram fortes até o seu último momento.

A família numerosa desenvolveu a cooperação e os filhos da primeira e segunda família se integraram aos da terceira sem maiores problemas. O casal Vicente/Nanú conseguiu manter a coesão familiar e conduziu a numerosa prole por bons caminhos. A disciplina e o apego à educação nortearam as condutas dos descendentes.

O letramento em casa e os primeiros anos de estudo em Portalegre não foram suficientes como era a rotina de quase todos que nasciam na pequena cidade. Dona Nanú queria mais para seus filhos e convenceu o esposo da necessidade de encaminhá-los para estudar fora.

Bety foi completar o ciclo de estudo em colégio de freiras (internato) em Mossoró e foi preparada para ser professora e uma boa “dona de casa”. Era o que se apresentava como limite para a época e assim aconteceu.

Bety voltou para a pequena Portalegre e foi professora, além de exercer atividades administrativas nos colégios. Foi a primeira diretora do Ginásio Comercial 9 de Dezembro. Além de professora fez um curso técnico de contabilidade e exerceu funções administrativas na prefeitura de Portalegre. Foi tesoureira nas gestões de Antonino Rêgo e Elpídio Rêgo, depois assumindo a Chefia de Gabinete na gestão de Elpídio.

Bety foi também representante do FUNRURAL durante longo período e realmente se sentia realizada com o trabalho. Conhecia todos os beneficiários, suas famílias, seus problemas. Tornou-se conselheira e amiga e quando avistava alguém se referia, carinhosamente, como “meu velhinho” ou “minha velinha”.

Bety, como quase todos da família Rêgo, envolveu-se diretamente na política e foi eleita vereadora, mas se afastou para assumir a Tesouraria da prefeitura.

Enquanto desenvolvia múltiplas tarefas profissionais também se dedicava a família. Desde muito jovem começou a namorar com Boanerges, mas o casamento só ocorreu após os 30 anos, bastante tarde para os padrões da época.

Bety e Boanerges foram casados por 51 anos e, antes, namoraram mais de 10 anos e da convivência duradoura resultou dois filhos (Geórgia e Boanerges Filho) e cinco netos (Mayara, Nicole, Igor, Ana Laura e Júlia).

Faltavam apenas oito dias para “Dona Bety” completar 81 anos e nós ao invés de comemorarmos a data te abraçando e beijando continuaremos pranteando-a. Assim quis a “senhora do destino” que te afastou fisicamente, mas enquanto o ar penetrar em meus pulmões jamais te afastará do meu pensamento, do meu coração. Cumpri a dura missão de carregá-la até o túmulo, mas o teu amor seguirá comigo.

Obrigado Minha Mãe.



FOI MENINA, MULHER, MÃE, AMOU A VIDA, A FAMÍLIA E MORREU MENINA.

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