Existem situações que fogem ao convencional e realmente são difíceis de explicar. Na política nada é mais incompreensível para mim do que a cegueira seletiva que acomete algumas pessoas.
Diante de fatos e acontecimentos irrefutáveis, simplesmente, apegam-se a defesa intransigente de "causas" impossíveis, fiando-se por falácias, paixões, tolices, teorias conspiratórias, enfim, esforçam-se para não enxergarem o óbvio.
Creio que tais figuras têm consciência de que negar a realidade não muda a... realidade, mas seguem faceiras na defesa dos interesses do grupo ao qual pertencem.
Vejo o ativismo de algumas pessoas nas redes sociais em defesa de "causas" indefensáveis e tento encontrar alguma justificativa.
Nos "debates", na maioria das vezes, a linha de "argumentação" é tão desenxabida que logo descamba para as ofensas pessoais. É corriqueira a tentativa de desqualificar o interlocutor, principalmente, quando se sentem encurralados pelos fatos.
Outra "técnica" muito comum é a tentativa de nivelar tudo por baixo, ou seja, até esboçam a admissão de erros, mas fazem questão de afirmar que todos são iguais.
Pregam: "o grupo político que estou defendendo tem corruptos, mas é assim nos outros também". Quando leio algo nessa linha já sei que se trata de um defensor de "causas" indefensáveis e evito polemizar.
A profundidade de tais "argumentos" é tamanha que se fosse uma poça uma formiga atravessaria com água nas canelas, mas os coraçõezinhos dos valentes pulsam com força, pois o que interessa é a defesa da "causa".
É verdade que certas defesas são remuneradas, direta ou indiretamente, e o soldo ou benefício (cargo comissionado, função gratificada, contrato com o poder público, etc.) tem que ser justificado. Algumas figuras têm que matar um leão por dia e são capazes de tudo para agradar o governante.
Tem cargo comissionado que confunde a confiança necessária para a indicação política com subserviência, bajulação, enfim "puxassaquismo" explícito com cenas proibidas para menores de 65 anos.
Tem uns que dão chilique, por exemplo, até se ouvirem alguém dizer que o governante tem a unha encravada. Não compreendem a distinção fundamental entre os interesses da sociedade e o interesse particular.
Enxergam os adversários políticos como inimigos pessoais e não se conformam com a existência de pessoas que pensam diferente. Movem-se apenas pela preservação dos interesses do grupo político ao qual pertencem, em última instância, pela manutenção das vantagens econômicas que obtém.
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