Em 2015, PIB cai 3,8% e totaliza R$ 5,9 trilhões
PERÍODO DE COMPARAÇÃO |
INDICADORES
|
||||||
PIB
|
AGROPEC
|
INDUS
|
SERV
|
FBCF
|
CONS. FAM
|
CONS. GOV
|
|
Trimestre
/ trimestre imediatamente anterior (c/
ajuste sazonal)
|
-1,4%
|
2,9%
|
-1,4%
|
-1,4%
|
-4,9%
|
-1,3%
|
-2,9%
|
Trimestre
/ mesmo trimestre do ano anterior (s/ ajuste
sazonal)
|
-5,9%
|
0,6%
|
-8,0%
|
-4,4%
|
-18,5%
|
-6,8%
|
-2,9%
|
Acumulado
no ano /
mesmo período do ano anterior (s/ ajuste sazonal)
|
-3,8%
|
1,8%
|
-6,2%
|
-2,7%
|
-14,1%
|
-4,0%
|
-1,0%
|
Valores
correntes no
trimestre (R$)
|
1.531,6 bilhões
|
49,2 bilhões
|
295,2 bilhões
|
969,2 bilhões
|
256,8 bilhões
|
976,8 bilhões
|
342,8 bilhões
|
Valores
correntes no
ano de 2015 (R$)
|
5.904,3 bilhões
|
263,6 bilhões
|
1.149,4 bilhões
|
3.642,3 bilhões
|
1.072,5 bilhões
|
3.741,9 bilhões
|
1.192,4 bilhões
|
PIB
PER CAPITA = R$ 28.876 (-4,6% em volume em relação a 2014)
TAXA DE INVESTIMENTO (FBCF/PIB) no ano de 2015 = 18,2%
TAXA DE POUPANÇA (POUP/PIB) no ano de 2015 = 14,4%
TAXA DE POUPANÇA (POUP/PIB) no ano de 2015 = 14,4%
Em relação ao terceiro trimestre, o PIB
do quarto trimestre de 2015 caiu 1,4%, levando-se em consideração a série
com ajuste sazonal. É a quarta queda consecutiva nesta base de comparação. A Indústria
(-1,4%) e os Serviços (-1,4%) tiveram retração, enquanto a Agropecuária
registrou expansão (2,9%). Na comparação com o quarto trimestre de 2014, o
PIB caiu 5,9%, a maior queda desde o início da série histórica iniciada em
1996, sendo que o valor adicionado a preços básicos caiu 5,0%, e os impostos
sobre produtos recuaram 11,0%. A Agropecuária cresceu 0,6%, enquanto a
Indústria (-8,0%) e os Serviços (-4,4%) apresentaram queda.
No ano de 2015, o PIB caiu 3,8% em
relação a 2014, a
maior queda da série histórica iniciada em 1996. A queda do PIB resultou do
recuo de 3,3% do valor adicionado a preços básicos e da contração de 7,3% nos
impostos sobre produtos. Nessa comparação, a Agropecuária (1,8%) apresentou
expansão, e a Indústria (-6,2%) e os Serviços (-2,7%) caíram. Em 2015,
o PIB totalizou R$ 5,9 trilhões (valores correntes). O PIB per
capita ficou em R$ 28.876 em 2015, com queda de 4,6%, em volume, em
relação ao ano anterior.
A
publicação completa da pesquisa pode ser acessada aqui.
TABELA I.1 - Principais resultados
do PIB do 4º Trimestre de 2014 ao 4º Trimestre de 2015
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Taxas (%)
|
2014.IV
|
2015.I
|
2015.II
|
2015.III
|
2015.IV
|
Acumulado
ao longo do ano / mesmo período do ano anterior
< Anexo: Tabela 3 > |
0,1
|
-2,0
|
-2,5
|
-3,2
|
-3,8
|
Últimos
quatro trimestres / quatro trimestres imediatamente anteriores
< Anexo: Tabela 4 > |
0,1
|
-1,2
|
-1,7
|
-2,5
|
-3,8
|
Trimestre
/ mesmo trimestre do ano anterior
< Anexo: Tabela 2 > |
-0,7
|
-2,0
|
-3,0
|
-4,5
|
-5,9
|
Trimestre
/ trimestre imediatamente anterior (com ajuste sazonal)
< Anexo: Tabela 7 > |
0,1
|
-0,8
|
-2,1
|
-1,7
|
-1,4
|
Fonte: IBGE, Diretoria
de Pesquisas, Coordenação de Contas Nacionais
Em relação ao 3º tri de 2015, PIB cai
1,4%
Na comparação com o 3º trimestre do ano (série com ajuste sazonal), a
Indústria (-1,4%) e os Serviços (-1,4%) tiveram retração, enquanto a
Agropecuária registrou expansão (2,9%).
Dentre os subsetores que formam a
Indústria, a maior queda se deu na extrativa mineral (-6,6%).
A indústria de transformação (-2,5%) apresentou
resultado negativo pelo quinto trimestre consecutivo. Já a atividade de eletricidade e gás, água, esgoto e limpeza urbana (1,7%)
e a construção (0,4%) registraram variação positiva.
Nos Serviços, apenas as atividades imobiliárias (0,5%) apresentaram
resultado positivo no trimestre. As demais atividades sofreram retração: comércio (-2,6%), administração,
saúde e educação pública (-2,0%),transporte, armazenagem e
correio (-1,7%), outros serviços (-1,2%), serviços de informação (-0,9%) e intermediação financeira e seguros (-0,2%).
Pela ótica da despesa, a formação bruta de capital fixo registrou o 7º
trimestre consecutivo de queda (-4,9%) e a despesa de consumo das famílias
(-1,3%) caiu pelo quarto trimestre seguido. A despesa de consumo do governo
recuou 2,9%. No setor externo, as exportações de bens e serviços tiveram
variação negativa de 0,4%, enquanto que as importações de bens e serviços
recuaram 5,9% em relação ao terceiro trimestre de 2015.
PIB cai 5,9% em relação ao 4º trimestre
de 2014
Quando comparado a igual período do
ano anterior, o PIB sofreu contração de 5,9% no 4º trimestre de 2015, a maior
queda desde o início da série histórica iniciada em 1996. Dentre as atividades
econômicas, a Agropecuária cresceu 0,6% e a Indústria sofreu queda de 8,0%.
Nesse contexto, a indústria de transformação apresentou
contração de 12,0%.
A construção e a extrativa mineral também apresentaram redução no
volume do valor adicionado: -5,2% e -4,1%, respectivamente. Já a atividade de eletricidade e gás, água, esgoto e limpeza urbana, por
sua vez, registrou expansão de 1,4%.
O valor adicionado de Serviços caiu
4,4% na comparação com o mesmo período do ano anterior, com destaque para a
contração de 12,4% do comércio (atacadista
e varejista) e de 9,0% de transporte, armazenagem e
correio. Também apresentaram resultados negativos as atividades de outros serviços (-4,4%), serviços de informação (-3,0%), administração, saúde e educação pública (-1,2%) e intermediação financeira e seguros(-0,4%).
As atividades imobiliárias apresentaram variação
nula.
Todos os componentes da demanda interna apresentaram queda na comparação
do quarto trimestre de 2015 contra igual período do ano anterior. A formação
bruta de capital fixo recuou 18,5%, a despesa de consumo das famílias caiu 6,8%
e a despesa de consumo do governo caiu 2,9%. Já no setor externo, as
exportações de bens e serviços cresceram 12,6%, enquanto as importações de bens
e serviços caíram em 20,1%.
Em 2015, PIB cai 3,8% e PIB per
capita recua 4,6%
O PIB em 2015 sofreu contração de 3,8% em relação ao ano anterior, a
maior da série histórica iniciada em 1996. Em 2014, o PIB havia ficado
praticamente estável (+0,1%). Em decorrência desta queda, o PIB per capita
alcançou R$ 28.876 (em valores correntes) em 2015, recuando (em termos reais)
4,6% em relação ao ano anterior. Em 2014, o PIB per capita recuou 0,8%.
A queda do PIB resultou do recuo de
3,3% do valor adicionado a preços básicos e da contração de 7,3% nos impostos
sobre produtos líquidos de subsídios. O resultado do valor adicionado neste
tipo de comparação refletiu o desempenho das três atividades que o compõem:
Agropecuária (1,8%), Indústria (-6,2%) e Serviços (-2,7%). O recuo dos impostos
reflete, principalmente, a redução, em volume, de 17,1% do Imposto de
Importação e de 13,9% do IPI – decorrente, em grande parte, do desempenho
negativo da indústria de transformação e das importações de
bens e serviços no ano.
A variação em volume do valor adicionado da Agropecuária (1,8%)
decorreu, principalmente, do desempenho da agricultura. Alguns produtos da
lavoura registraram crescimento de produção: tendo como destaque as culturas de
soja (11,9%) e milho (7,3%). Por outro lado, algumas lavouras registraram
variação negativa, como, por exemplo, trigo (-13,4%), café (-5,7%) e laranja
(-3,9%).
Na Indústria, o destaque positivo foi
o desempenho da extrativa mineral, que acumulou
crescimento de 4,9% no ano, influenciado tanto pelo aumento da extração de
petróleo e gás natural quanto pelo crescimento da extração de minérios
ferrosos. As demais atividades industriais registraram queda em volume do valor
adicionado. A construção sofreu contração de 7,6%, enquanto que
a atividade de eletricidade e gás, água, esgoto e limpeza
urbana caiu 1,4%.
A indústria de transformação teve
queda (-9,7%), influenciada pela redução, em volume, do valor adicionado da
indústria automotiva (incluindo peças e acessórios) e da fabricação de máquinas
e equipamentos, aparelhos eletroeletrônicos e equipamentos de informática,
alimentos e bebidas, artigos têxteis e do vestuário e produtos de metal.
Dentre as atividades que compõem os
Serviços, o comércio sofreu queda de 8,9%,
seguido por transporte, armazenagem e correio,
que recuou 6,5%, outros serviços (-2,8%) e serviços de informação (-0,3%). A atividade de administração, saúde e educação pública ficou
estável (0,0%), enquanto que intermediação financeira e
seguros e atividades imobiliárias apresentaram
variações positivas de, respectivamente, 0,2% e 0,3%.
Na análise da despesa, destaca-se a contração de 14,1% da formação bruta
de capital fixo. Este recuo é justificado, principalmente, pela queda da
produção interna e da importação de bens de capital, sendo influenciado ainda
pelo desempenho negativo da construção neste período. Em 2014, a formação bruta
de capital fixo já havia registrado queda de 4,5%.
A despesa de consumo das famílias caiu 4,0% em relação ao ano anterior
(quando havia crescido 1,3%), o que pode ser explicado pela deterioração dos
indicadores de inflação, juros, crédito, emprego e renda ao longo de todo o ano
de 2015. A despesa de consumo do governo caiu 1,0% – também desacelerando em
relação a 2014, quando cresceu 1,2%.
No setor externo, as exportações de bens e serviços cresceram 6,1%,
enquanto as importações de bens e serviços tiveram queda de 14,3%. Entre os
produtos e serviços da pauta de exportações, os maiores aumentos foram
observados em petróleo, soja, produtos siderúrgicos e minério de ferro. Já
entre as importações, as maiores quedas foram observadas em máquinas e
equipamentos, automóveis, petróleo e derivados, bem como os serviços de
transportes e viagens.
A taxa de investimento no ano de 2015 foi de 18,2%
do PIB, abaixo do observado no ano anterior (20,2%). A taxa de poupança foi de 14,4% em 2015 (ante 16,2%
no ano anterior).
Comunicação Social IBGE
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