Já escrevi 71 postagens
tratando da transposição das águas do rio São Francisco. A primeira vez que fiz
referência ao grandioso projeto foi em setembro de 2011.
Na primeira postagem a obra
era orçada em R$ 4,8 bilhões, mas, em abril de 2012, o orçamento já tinha
saltado para R$ 8,2 bilhões.
Em novembro de 2012 relatei
a paralisação de trechos da obra, o descumprimento do prazo de conclusão (fim
do ano de 2012), a informação que 43% das obras tinham sido executadas e que o
novo prazo de conclusão seria, conforme previsão do Ministério da Integração
Nacional (MIN), o ano de 2015.
Em 2013 a obra continuou ‘patinando’,
mas em março de 2014 um funcionário do alto escalão do MIN informou que as
obras seriam aceleradas e que, ao fim do ano, 75% da obra estaria executada,
além de entregarem 100kms de cada canal.
No mês de abril de 2015 o ministro Occhi anunciou que as
obras do Projeto de Integração do Rio São Francisco tinham alcançado o
índice de 74,5% de execução.
Em maio de 2015 foi
anunciado que o ramal do rio Apodi não tinha nem projeto, mas segundo uns
falastrões que participaram de um evento em Mossoró, o trecho seria incluído no
PAC 3, com licitação prevista para 2016 e conclusão em 2019. Brincadeira? Antes
fosse. Estamos em 2016 e não existe nada de concreto.
Em julho de 2015 postei
informações retiradas da página do MIN sobre o cronograma de execução, com
previsão de término em 2016 (sem contar o ramal do Apodi, pois tal projeto nem
existe).
Hoje (16-03-2016),
novamente, um funcionário do MIN comunicou ao senador Garibaldi Alves o
seguinte: a) o trecho leste da transposição está com 82% executado; b) o norte
com 84%; c) a água chegará ao RN em dezembro de 2016 (ramal do rio Piranhas). Garibaldi
acreditou e anunciou a boa nova ao povo potiguar.
Em tempo: autoridades do MIN
já tinham anunciado o mês de março de 2017 como data provável para a operação
que trará água para o RN.
Os arautos continuam trombeteando aos quatro ventos a conclusão da obra,
mas quase sempre é a repetição enfadonha da mesmíssima cantilena.
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