A situação da Barragem de Pau dos Ferros não tem suscitado debates e pesquisas. É interessante notar que o reservatório secou e esse evento, aparentemente dramático, não causou significativas repercussões socioeconômicas.
Superficialmente isso sugere que o reservatório tinha apenas a função de garantir o abastecimento da cidade e a adutora que traz água da Barragem de Santa Cruz (Apodi-RN) substituiu a Barragem de Pau dos Ferros, sem maiores problemas econômicos.
O impacto econômico sobre o Perímetro Irrigado de Pau dos Ferros parece desprezível, isso reafirma a minha convicção de que o Perímetro exauriu sua capacidade de gerar dinamismo para a região. Na verdade, a exaustão do modelo é capaz de ter ocorrido, sem que o Perímetro jamais tenha produzido algum resultado economicamente significativo.
A Barragem e o Perímetro não foram capazes de promoverem transformações sociais e econômicas na área de influência.
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RESUMO
Procurou-se identificar e analisar os
benefícios econômicos e sociais advindos da política de açudagem no Nordeste.
Para esta finalidade, empregaram-se os seguintes métodos: indicadores de
resultado econômico e índices de desenvolvimento humano, segundo modelo
empregado pela ONU em que calculou-se o Índice de Desenvolvimento Econômico e
Social (IDES) e o Índice do Nível de Vida (INV). Observou-se que o açude
proporcionou bom desempenho no que diz respeito à rentabilidade econômica das
atividades agropecuárias, assim como ensejou maiores e melhores IDES's e INV's,
comparativamente a uma região sem açude. Ou seja, concluiu-se que a política de
açudagem promoveu significativas transformações sociais e econômicas, na sua
área de influência. No entanto, os índices encontrados são relativamente baixos
quando se enquadram numa escala internacional. Portanto, se faz necessário a
formulação de políticas, por parte do Governo, objetivando a melhoria do nível
de vida da população ribeirinha e o aumento da produtividade das explorações.
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