Com 86,3% das obras concluídas, a transposição do rio São Francisco tem 477 kms de extensão nos seus dois eixos (Leste e Norte). O mais importante, além do fato de gerar trabalho para os moradores da região, é garantir acesso à água para 12 milhões de pessoas sem prejudicar a vazão do rio. Nada menos do que 390 municípios serão beneficiados, nos estados da Paraíba, Pernambuco, Ceará e Rio Grande do Norte.
A grandiosidade da obra, que a presidenta Dilma Rousseff visitou na sexta-feira (6) para conhecer a Estação de Bombeamento EBI-2 do Eixo Norte, abrange 13 aquedutos, nove estações de bombeamento, 27 reservatórios e nove subestações de 230 quilowatts, além de 270 quilômetros de linhas de transmissão de alta tensão. Haverá ainda quatro túneis. Com 15 km de extensão, o ‘Cuncas 1′ é o maior túnel para transportar água da América Latina.
Além do consumo humano, indústrias, empreendimentos agrícolas e a indústria do turismo se beneficiarão da obra. A vazão do Rio São Francisco, tão fundamental para a vida dos que vivem às suas margens, não será prejudicada. Cálculos dos engenheiros demonstram que, a cada litro de água despejado no mar pelo ‘Velho Chico’ por segundo, serão desviadas “duas colheres de sopa”, mais especificamente, 26,4 metros cúbicos), mesmo em períodos de seca extrema. Caso a vazão aumente será possível captar 127 metros cúbicos.
A transposição do São Francisco emprega 10.346 pessoas, utilizando 3.909 equipamentos. Serão beneficiadas 294 comunidades rurais e a previsão de conclusão é para dezembro deste ano
BLOG DO PLANALTO
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Quem acompanha este blog sabe que não acredito no cronograma estabelecido pelo Ministério da Integração e tenho reiterado que a água não chegará ao RN em 2016.
O MI é péssimo em cumprir cronograma e daí vem o meu pessimismo.
Agora, tem-se outra ameaça.
Refiro-me ao provável governo de Temer e cito dois aspectos:
1 - a troca do comando dos órgãos e setores envolvidos no projeto, certamente, repercutirá no andamento da obra;
2 - o 'ajuste severo' que os ortodoxos pretendem fazer para recuperar a credibilidade da política econômica. É certo que o ajuste avançará sobre os investimentos e a obra de Transposição requer desembolsos consideráveis.
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