As tragédias pessoais e familiares servem para alertar a sociedade. A morte tem ceifado a vida de muitos jovens. Tolera-se e se considera “normal” o jovem pilotar sem habilitação, sem capacete e sob o efeito de álcool. A impulsividade inerente aos jovens e a leniência dos responsáveis prenunciam um cenário que ainda piorará muito, antes de melhorar.
A vida só é devidamente valorizada quando nos deparamos com as tragédias e, infelizmente, cada vez mais pais e mães, subvertendo-se a ordem natural, têm de enterrar seus filhos e filhas.
É preciso dizer que as tragédias começam em casa. Não se pode negar responsabilidade a quem deve, prioritariamente, exercê-la. Aceitar o adolescente sair de casa numa moto, sem capacete, sem habilitação e para consumir bebida alcóolica, cada vez mais, termina em choro nos hospitais e velas nos cemitérios.
É preciso dizer também que cada um e todos que não agem para coibir tais condutas, são sim, corresponsáveis por todas as tragédias, pois é muito difícil enfrentar a impulsividade juvenil quando confrontado com o “questionamento” de que “todos podem fazer e por que não eu?”
Não é à toa que o medo bate a porta sempre que mais uma tragédia acontece. Poderia ser eu a prantear um ente querido? Faça essa pergunta e mude a atitude em caso de resposta positiva.
Não escrevo esse texto para servir de palmatória do mundo nem para ensinar lições a quem quer que seja, mas, modestamente, espero que cause incômodo em alguns e sirva de reflexão para outros.
Começar em casa é preciso!
Dados divulgados pelo Hospital Walfredo Gurgel demonstram o crescimento desse tipo de ocorrência. O recorde histórico de acidentes, os dados e as estatísticas não permitem se vislumbrar o sofrimento das vítimas que sobrevivem, quase sempre com sequelas, e das famílias que enterram seus entes queridos.
Os dados deveriam servir para alertar as autoridades, mas o Código de Trânsito é solenemente ignorado em praticamente todos os municípios do RN.
O uso obrigatório do capacete, por exemplo, é, equivocadamente, relativizado e se aceita como medida auxiliar no enfrentamento de assaltos.
Duplo atestado de incompetência, pois a tolerância com o desrespeito a Lei jamais se converterá em medida eficaz de combate ao crime.
Pilotar ou dirigir sob o efeito de álcool é rotina. É comum.
Estava vindo do trabalho de moto, tranquilo. Não bebo ou fumo. Um carro atravessou o sinal vermelho e houve uma colisão. Tive traumatismo craniano, amnésia, quase fiquei invalido. Dou graças a Deus por ainda ter saúde.
ResponderExcluirMas fiquei traumatizado e com cicatrizes, mas isso não é nada. MOTO, NUNCA MAIS NA VIDA, NUNCA MAIS EU PILOTO UMA BOSTA, UMA MERDA DESSAS... SÓ CARRO..