segunda-feira, 19 de setembro de 2016

Revisitando a Questão do Nordeste: representações de uma região-problema

Liduina Farias Almeida Costa

A inserção do país na globalização no início da década de noventa impeliu a chamada nova elite cearenses a propor novas formulações para a antiga questão Nordeste: a bandeira da miséria deveria ser abandonada e a Região representada a partir de atributos passíveis de transformarem-se em vantagens comparativas diante do país e dos mercados mundiais. 

Considerando os percalços, mas também as possibilidades, de efetivação dessa proposta, re-examino matrizes discursivas do Nordeste como região-problema: o Movimento Regionalista de 1926, os romances regionalistas que tematizaram a seca e o relatório do Grupo de Trabalho para o Desenvolvimento do Nordeste (GTDN). 

Reflito ainda acerca do debate acadêmico em torno da questão Nordeste e, finalmente, considero que o Nordeste paraíso atualmente representado no contexto das disputas entre estados por investidores de fora é tão insidioso quanto o Nordeste-flagelo e que o debate da questão regional deve ser re-politizado, juntando-se a outros movimentos como, por exemplo, o dos ambientalistas.

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