Liduina Farias Almeida Costa
A inserção do país na globalização no início da década
de noventa impeliu a chamada nova elite cearenses a
propor novas formulações para a antiga questão Nordeste:
a bandeira da miséria deveria ser abandonada e a
Região representada a partir de atributos passíveis de
transformarem-se em vantagens comparativas diante
do país e dos mercados mundiais.
Considerando os
percalços, mas também as possibilidades, de efetivação
dessa proposta, re-examino matrizes discursivas do
Nordeste como região-problema: o Movimento Regionalista
de 1926, os romances regionalistas que tematizaram a
seca e o relatório do Grupo de Trabalho para o
Desenvolvimento do Nordeste (GTDN).
Reflito ainda acerca do debate acadêmico em torno da
questão Nordeste e, finalmente, considero que o Nordeste paraíso
atualmente representado no contexto das
disputas entre estados por investidores de fora é tão
insidioso quanto o Nordeste-flagelo e que o debate da
questão regional deve ser re-politizado, juntando-se a
outros movimentos como, por exemplo, o dos
ambientalistas.
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