Parte do pressuposto de que os diagnósticos e
proposições sobre o Semiárido brasileiro têm, em
sua maioria, como referência imagens historicamente
construídas sobre um espaço problema, terra das secas
e da miséria. Entretanto, na primeira metade do século
XX surgem olhares críticos sobre as causas estruturais
e conseqüências da miséria regional. O presente artigo
analisa as relações entre essas duas perspectivas com os
diferentes paradigmas de desenvolvimento no Semiárido
brasileiro. Conclui que, apesar dos avanços, permanece
a perspectiva reducionista e fragmentada de combate
às secas e aos seus efeitos com grandes obras hídricas
e com a irrigação orientada para o mercado externo. A
concepção de convivência com o Semiárido ainda não
foi suficientemente internalizada nos programas e ações
governamentais.
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