Clóvis Cavalcanti
Expressão surgida no contexto das discussões sobre o desenvolvimento
sustentável, economia da sustentabilidade pode soar a muitos como esotérica; a
outros, como mais uma adição ao rol de termos inacessíveis aos leigos; a outros
mais, como uma expressão do modismo desencadeado pela ênfase sobre o
verde; a outros ainda, como uma inovação vocabular de estética discutível.
Talvez ela seja tudo isso, mas seu sentido é claro.
Trata-se de uma preocupação
justificada com o processo econômico na sua perspectiva de fenômeno de
dimensão irrecorrivelmente ecológica, sujeito a condicionamentos ditados pelas
leis fixas da natureza, da biosfera. É uma forma de exprimir a noção de
desenvolvimento econômico como fenômeno cercado por certas limitações físicas
que ao homem não é dado elidir. Isto equivale a dizer que existe uma combinação
suportável de recursos para realização do processo econômico, a qual pressupõe
que os ecossistemas operam dentro de uma amplitude capaz de conciliar
condições econômicas e ambientais.
Em outras palavras, não se pode aceitar que
a lógica do desenvolvimento da economia entre em conflito com a que governa a
evolução da biosfera, tal como tem ocorrido na experiência dos últimos cinqüenta
anos o que induziu o físico Henry Kendall (prêmio Nobel de Física), do MIT, a
afirmar que os seres humanos e o mundo natural estão numa rota de colisão
(ISEE, 1994).
Texto completo AQUI
Nenhum comentário:
Postar um comentário