RESUMO
Tendo em vista a diversidade e a heterogeneidade das cidades existentes no Brasil, nosso enfoque remete-se às áreas urbanas não-metropolitanas. No intuito de fomentar os estudos sobre as cidades pequenas e apreender a configuração socioespacial do urbano em tais cidades, este trabalho elabora e analisa o perfil urbano das cidades pequenas do Agreste Potiguar, utilizando como marco de referência teórica a produção do espaço urbano e regional, entre as décadas de 1970 e 2000.
Partindo desse referencial, o trabalho apresenta uma caracterização socioespacial urbana das referidas cidades, com ênfase no quadro econômico, na dinâmica populacional, nos principais indicadores sociais, culminando com as principais características da vida cotidiana local.
O estudo das cidades pequenas do Agreste Potiguar possibilita o entendimento da problemática que envolve as cidades desse porte, sobretudo, as que estão inseridas em regiões economicamente frágeis.
No período analisado, as mudanças que se processaram na estrutura produtiva do Rio Grande do Norte desencadearam uma grande crise na economia do Agreste Potiguar. Esse aspecto, aliado à insuficiente atuação do poder público, contribuiu para o surgimento de vários problemas socioespaciais, dentre os quais se destacam: a fragilidade econômica, o desemprego generalizado, a falta de segurança e a ausência de infra-estrutura urbana suficiente para atender a demanda social.
Mesmo diante dos problemas existentes, as cidades pequenas devem ser vistas como espaços potenciais, capazes de promover o desenvolvimento regional. Para tanto, faz-se necessário uma democratização na gestão pública, uma ampla participação popular e a efetivação de uma nova política urbana, que vise à promoção social dos indivíduos, à garantia de necessidades básicas e ao acesso aos serviços necessários a uma vida digna.
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