Resumo:
Este artigo trata da relação entre desenvolvimento e urbanização na conformação da rede
urbana nordestina, mais especificamente, na hierarquização da rede urbana potiguar. Os parâmetros
utilizados para a hierarquização da rede urbana foram os do Instituto Brasileiro de Geografia e
Estatística (IBGE), especialmente as quatro edições de ‘Regiões de Influência das Cidades’ (REGIC).
Os quatro estudos REGIC não apresentam muitas alterações na classificação hierárquica da rede
urbana do Rio Grande do Norte. Natal continua no principal nível hierárquico como capital regional
A, Mossoró continua em segundo lugar na hierarquia como capital regional, só que no nível C. Em
termos dos centros sub-regionais, Pau dos Ferros ascende a centro sub-regional A e Açu passa a centro
sub-regional B, em 2007.
A não concretização de uma política direcionada para o desenvolvimento
regional que rompa com as disparidades regionais, herdadas do padrão de crescimento polarizado e
concentrado, que marcou a economia e a política no Século XX, faz com que sejam reproduzidas mais
desigualdade e pobreza, o que se reflete numa rede urbana fragmentada e esgarçada no Nordeste,
especialmente no interior onde existem poucos centros médios, as capitais regionais, e diversos
centros sub-regionais que tem atuado como cidades intermediárias, especialmente na oferta de
serviços e na absorção de mão-de-obra.
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