terça-feira, 12 de junho de 2018

A Região Nordeste e a utopia do desenvolvimento econômico

Resumo: 

O objetivo deste artigo é analisar o comportamento econômico e social da região Nordeste de meados do século XX e século XXI. A metodologia adotada procurou atender à análise das variáveis centrais – e seus respectivos cruzamentos - adotadas por Furtado sobre o enfoque teórico do subdesenvolvimento, através de sua apresentação na forma de tabelas e gráficos. 

Utilizou-se também como metodologia o Vw de Williamson e os intervalos quartílicos de renda para os municípios do Nordeste. A sua evolução histórica é marcada pelo atraso econômico e social e pelas disparidades econômicas regionais que repercutiram em desigualdades sociais regionais profundas. 

É inegável que nos últimos 50 anos esta região teve crescimento significativo, embora a questão das desigualdades intra e interregionais permanecessem. A possibilidade de correção das desigualdades foi pensada em meados de 1950, colocando-se em prática a partir da industrialização do Nordeste. 

Dos dados apresentados observou-se que apesar da industrialização, a mesma mantém-se em atraso relativo em relação ao Sul do país, pelo alto nível de pobreza e de desigualdade que ainda perdura quando comparado aos estados da região Sul e Sudeste, apesar dos avanços. A industrialização foi mais um processo de abertura à valorização do capital, aumento da concentração da renda em nível intra-regional (classes e estados) e inter-regional. 

A concentração fundiária é um elemento que ainda perdura e que, de certa forma, foi reforçado com a modernização de alguns setores da agropecuária. Desta forma, o desenvolvimento ainda é uma utopia. 

Palavras-chave: Nordeste; desigualdade; crescimento; desenvolvimento; modernização. 

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