EVOLUÇÃO RECENTE E LIMITES DA ESTRUTURA PRODUTIVA DA REGIÃO NORDESTE: UMA ANÁLISE A PARTIR DA ABORDAGEM DA COMPLEXIDADE ECONÔMICA
Resumo:
Resumo:
Na última década, a Teoria da Complexidade Econômica emergiu trazendo uma nova
abordagem que permite examinar as estruturas produtivas através da mensuração das
capacidades (tangíveis e intangíveis) das economias.
Com efeito, frente aos recorrentes debates
em torno da ocorrência de inflexões nas estruturas produtivas nacional e subnacionais, este
trabalho analisou a evolução recente (2002-2015) da estrutura produtiva da região Nordeste
brasileira a partir da abordagem da complexidade econômica.
Os resultados preconizaram uma
queda na sofisticação produtiva fortemente associada a expansão de produtos de baixa
complexidade na cesta de bens com VCR.
O product space evidenciou, simultaneamente,
dificuldades nos processos de diversificação e de sofisticação produtiva, em função da
“armadilha da aquiescência”, que reduz a probabilidade de capacidades adicionais se
conectarem as capacidades preexistentes.
A perda na participação de setores mais enriquecidos
em termos de capacidades foi confirmada pelas mudanças na participação do valor adicionado
dos grandes setores no produto e pela composição da pauta de exportações, que junto ao ECI
trouxeram evidências que tornaram lúcidas as afirmações sobre a ocorrência de um duplo
processo na região: reprimarização e desindustrialização.
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