A identificação e a delimitação das maiores
aglomerações de população no País têm sido
objeto de estudo do IBGE desde a década de
1960, quando o fenômeno da urbanização se
intensificou e assumiu, ao longo dos anos,
formas cada vez mais complexas.
A necessidade de fornecer conhecimento atualizado
desses recortes impõe a identificação e a
delimitação de formas urbanas que surgem a
partir de cidades de diferentes tamanhos, face
a crescente expansão urbana não só nas áreas
de economia mais avançada mas também no
Brasil como um todo.
O estudo Arranjos Populacionais e
Concentrações Urbanas do Brasil constitui um
quadro de referência da urbanização no País.
Tal quadro foi obtido a partir de critérios que
privilegiaram a integração entre os municípios.
Nesta 2ª edição, revisaram-se os dados
que conformam essas unidades urbanas,
refletindo-se em alguns ajustes nos resultados
anteriormente apresentados.
A noção de integração foi mensurada
utilizando: um índice de intensidade relativa
dos movimentos pendulares para trabalho e
estudo, para cada município, onde a intensidade deve ser igual ou superior a 0,17, denominado índice de integração; ou um valor de
intensidade absoluta dos movimentos pendulares para trabalho e estudo, entre dois municípios, igual ou superior a 10 000 pessoas;
ou uma contiguidade das manchas urbanizadas quando a distância entre as bordas
das manchas urbanizadas principais de dois
municípios é de até 3 km.
Como resultado, foram identificados
294 arranjos populacionais no País, formados
por 953 municípios e que representam 55,7%
da população residente no Brasil em 2010.
A distribuição geográfica desses arranjos
está concentrada na Região Sudeste, com
116 unidades, seguida das Regiões Sul (87),
Nordeste (51), Centro-Oeste (24) e Norte (16).
A partir da identificação dos arranjos
populacionais, definiram-se as médias e
grandes concentrações urbanas, por meio de
cortes populacionais.
No conjunto das médias concentrações
urbanas, constam não só arranjos populacionais como municípios isolados (que não
formaram arranjos), ambos com população
de 100 000 a 750 000 habitantes. São, ao
todo, 80 municípios isolados e 79 arranjos
populacionais.
O mais alto escalão da urbanização
brasileira é representado por 26 grandes
concentrações urbanas, formadas, em sua
maioria, por arranjos populacionais com
população acima de 750 000 habitantes,
sendo elas: dois municípios isolados (que não
formaram arranjos), Manaus (AM) e Campo
Grande (MS); e 24 arranjos populacionais.
As Regiões Sudeste e Nordeste são as que
possuem grandes concentrações em maior
número, oito e nove, respectivamente, vindo
a seguir a Região Centro-Oeste, com quatro
concentrações; a Região Sul, com três; e a
Região Norte, com duas.
Em conjunto, totalizam 79,124 milhões de habitantes e reúnem
41,5% da população do País.
Das grandes concentrações urbanas,
12 são aglomerações de caráter metropolitano, destacando-se aquelas com população
superior a 2 500 000 habitantes: "São Paulo/
SP", "Rio de Janeiro/RJ", "Belo Horizonte/MG",
"Recife/PE", "Porto Alegre/RS", "Salvador/BA",
"Brasília/DF", ‘Fortaleza/CE" e "Curitiba/PR".
A magnitude da urbanização brasileira
reforça a importância do conhecimento renovado das principais formas de estruturação da
organização urbana do País.
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