domingo, 30 de dezembro de 2018

Cadernos do Desenvolvimento: NOVA EDIÇÃO - Nº 23 (julho - dezembro de 2018)


 
 Cadernos do Desenvolvimento n. 23
(julho - dezembro de 2018)
 
 
ARTIGOS

A valsa não totalmente afinada de Laura Carvalho: um ensaio-resenha crítico de Valsa brasileira: do boom ao caos econômico
André Nassif
 
A moeda como instrumento para a redução da desigualdade de renda do Brasil (1995-2014)
Estevão Collor
Luccas Assis Attílio
 
Revisitando os modelos de abertura econômica: os casos de Brasil e México
Vinicius Brandão
 
O retorno dos que nunca foram. Propostas para instituições de desenvolvimento regional
Rodrigo Portugal
 
Subdesenvolvimento, tecnologia e padrões de consumo: discussões a partir da obra de Celso Furtado
Renata Bianconi
 
Roberto Simonsen e Eugênio Gudin: origem de um debate ainda não superado na economia brasileira
Carlos Henrique Lopes Rodrigues
 
Industrialização: como e para quê? Revisão das reflexões de Caio Prado Junior e Celso Furtado
Giorgio Romano Schutte
Juliane Furno
 
 
DOSSIÊ INDÚSTRIA E DESENVOLVIMENTO

A indústria farmacêutica e seus desafios
Reinaldo Guimarães
 
DOSSIÊ MINAS GERAIS

Minas Gerais e a economia nacional
Clélio Campolina Diniz
 
ENTREVISTA

Intérpretes do pensamento desenvolvimentista
Clélio Campolina Diniz
 
RESENHA

Teorias e políticas do desenvolvimento latino-americano - Carlos Antônio Brandão (Org.)
Deborah Werner
 

EDITORIAL
Este número de Cadernos do Desenvolvimento apresenta dois dossiês. O primeiro é um estudo do professor Reinaldo Guimarães intitulado a “A indústria farmacêutica e seus desafios”. Este trabalho foi apresentado no 4º Congresso do Centro Celso Furtado, sob o tema “Indústria e desenvolvimento: a nova onda da indústria 4.0 e o futuro do Brasil”, realizado no Rio de Janeiro nos dias 9 e 10 de agosto passado. Nos próximos números da revista iremos publicar os demais trabalhos. O segundo dossiê é assinado pelo professor Clélio Campolina Diniz: “Minas Gerais e a economia nacional”. Nesse ensaio, o autor apresenta suas reflexões recentes sobre o desenvolvimento de seu estado de origem. O professor Campolina é também o entrevistado na seção “Intérpretes do pensamento desenvolvimentista”. Como um dos maiores especialistas brasileiros em economia regional e planejamento econômico, em seu depoimento recupera os grandes debates que nortearam as estratégias de desenvolvimento do país desde o século passado.


A seção de artigos submetidos apresenta sete contribuições. A primeira é um ensaio crítico sobre as teses recém-lançadas no livro de Laura Carvalho a respeito do desempenho recente da economia brasileira desde 2003. O autor debate, em particular, a sustentabilidade do crescimento da economia brasileira à luz das propostas da autora. 

O segundo artigo trata da relação entre os agregados monetários e a desigualdade de renda. Por meio de um modelo econométrico, os autores concluem que agregados monetários possuem potencial para amenizar a disparidade de renda ao proteger a população de perdas advindas da inflação. 

O terceiro artigo compara os processos de abertura econômica do Brasil e do México para concluir que ambas as economias reduziram seu potencial de crescimento, resultado oposto ao esperado pela teoria da repressão financeira. 

O quarto artigo aborda a questão do desenvolvimento regional do ponto de vista das superintendências regionais, que, ao longo do tempo, foram sendo enfraquecidas. Com o olhar da economia política, o artigo interpreta os caminhos trilhados pelas instituições de desenvolvimento regional para sugerir medidas para o seu fortalecimento em várias dimensões. 

O quinto artigo discute, à luz de Celso Furtado, a questão da absorção de tecnologias modernas pelos países periféricos, colocando em destaque o problema da reprodução dos padrões de consumo criados nos países desenvolvidos e questionando a adequação da tecnologia moderna para a superação da condição de subdesenvolvimento. 

O sexto artigo, ao recuperar a controvérsia sobre planejamento econômico entre Roberto Simonsen e Eugênio Gudin nos anos 1940, traz a reflexão sobre o papel do Estado na economia. 

Por fim, o último artigo recupera o debate sobre a industrialização brasileira a partir de uma revisão da obra do Celso Furtado e Caio Prado Junior. Os autores concluem que a industrialização seria uma condição essencial, porém não suficiente, para se romper as amarras do subdesenvolvimento.
 
A resenha incluída neste número é do livro Teorias e políticas do desenvolvimento latino-americano, coletânea de textos organizada pelo professor Carlos Antônio Brandão, editado pelo Centro Celso Furtado. O livro discute as contribuições acadêmicas para pensar o processo de desenvolvimento na América Latina ao longo de sete décadas. Quem assina a resenha é a professora Deborah Werner, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).

Acesse a íntegra da revista em: www.cadernosdodesenvolvimento.org.br

Nenhum comentário:

Postar um comentário