CASAS DE FARINHA: RESISTÊNCIA E TRADIÇÃO NO MACIÇO DO BATURITÉ
No Maciço de Baturité, assim como em outras regiões do Nordeste brasileiro, a farinhada – produção artesanal de farinha de mandioca –, assume diversos sentidos para além da dimensão do alimento, pois trata-se de prática cultural de grande importância para região.
A casa de farinha remete às memórias dos farinheiros, aos gostos e sabores, ao tempo em que havia um circuito de farinhadas em grande parte das comunidades rurais. Porém, em tempos de padronizações dos alimentos, muitas formas de produção tradicionais estão em transformação.
Como passos iniciais desta pesquisa, foram feitas incursões exploratórias na região, através da cooperação de informantes chave atuantes no território.
O desenvolvimento da mandiocultura em sistema de consórcio, garante às famílias, não só o consumo da produção, como também a comercialização, contribuindo, concomitantemente com a segurança alimentar e nutricional e desenvolvimento dos agricultores familiares. Apesar de várias casas de farinha terem sido abandonadas, algumas chegando até a cair pela ação do tempo, ainda há muitas que persistem e se tornam um ambiente vivo para compreensão das práticas e modos de vida associados a atividade de elaboração artesanal da farinha de mandioca naquela realidade.
Palavras-chave: Farinhada. Produtos tradicionais. Autoconsumo. Identidade.
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