sexta-feira, 22 de maio de 2015

indústria do RN: Gargalos estruturais e conjunturais

O potencial de exploração das riquezas naturais do Rio Grande do Norte é inegável. A localização geográfica, os ventos abundantes todos os dias do ano, o clima propício à criação de crustáceos em cativeiro, a ampla oferta dos mais variados tipos de minérios nos rincões colocam o estado numa posição de destaque em relação a outras unidades federativas. 

Gargalos estruturais e conjunturais, porém, impedem que a indústria do Rio Grande do Norte amplie seu potencial de produção, invista em novas unidades, gere novos empregos e contribua mais com o desenvolvimento social e econômico local, avalia a Federação das Indústrias do RN.

O caso do estado, porém, não é isolado. O Brasil atravessa uma crise econômica que arrasta o Rio Grande do Norte para o olho do furacão, junto com a maioria dos estados brasileiros que dependem diretamente dos repasses da União para manter os serviços mínimos em funcionamento. Encontrar uma saída deste labirinto não é uma tarefa fácil. “É preciso identificar os problemas e elaborar projetos, firmar parcerias e fiscalizar a aplicação de recursos públicos e/ou privado e para que as obras sejam concluídas no prazo estipulado originalmente”, defende a Federação.


Infraestrutura
 Entre os gargalos que emperram a ampliação dos investimentos nas indústrias do Rio Grande do Norte, estão a infraestrutura logística. Em outubro de 2012, a Confederação Nacional das Indústrias lançou o estudo Nordeste competitivo resultado de ampla pesquisa na região sobre as dificuldades logísticas para escoar produção. O estudo aponta a necessidade de 196 projetos de infraestrutura logística, que somariam investimentos de   R$ 71,1 bilhões. Com as obras, segundo a consultoria, haveria uma economia anual de R$ 5,9 bilhões em logística. Em 2010, o gasto estimado com logística na região somava R$ 30,2 bilhões com projeção de chegar a R$ 69,4 bilhões em 2020. Há problemas nas rodovias, mas também em outras frentes. 


No Porto de Natal, o tamanho do calado limita a atração de navios cargueiros de grande porte. Retirar cargas maiores de dentro do porto também tem exigido esforços maiores. O traslado dos equipamentos utilizados no parques eólicos, por exemplo, requer a interdição do tráfego no entorno do porto e que a operação ocorra sempre na madrugada. Há, ainda, dificuldades, do ponto de vista de infraestrutura relacionadas ao aeroporto. O Governo do Estado ainda não concluiu nenhum dos acessos ao sítio aeroviário. 

“Todos esses fatores, somados, geram o que as empresas temem: a perda de competitividade. Tudo isso acaba travando o ambiente de negócios e o investidor, ávido por novos negócios, acaba optando por estados com maior oferta de incentivos e perspectiva de crescimento”, diz a Federação das Indústrias. Outros pontos elencados como gargalos para o setor são escassez de qualificação profissional e carências de políticas de curto, médio e longo prazos por parte da gestão pública para atração de novos empreendimentos e expansão dos negócios.


TRIBUNA DO NORTE
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É lamentável que o projeto do Porto de Natal não tenha considerado o tamanho do calado para receber cargueiros maiores. Também é triste a situação da falta de acesso ao aeroporto, além disso, os demais pontos elencados como 'gargalos' para expansão dos empreendimentos no RN devem ser enfrentados.

Mas...

Receio que não sejam suficientes para ampliação significativa das indústrias no estado. Partindo dos diferenciais: "localização, vento, clima e minérios nos rincões" apontados pela FIERN jamais conseguiremos "desenvolvimento social e econômico".

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