quinta-feira, 4 de junho de 2015

aquecimento global não desacelerou

aquecimento global não desacelerou como apontavam alguns relatórios. Um novo estudo com dados atualizados mostra que seu alcance durante os primeiros 15 anos do século foi pelo menos igual ao registrado na última metade do século passado.
As novas análises sugerem que "não há um diminuição perceptível na taxa de aquecimento" entre a segunda metade do século XX - marcado pelo aquecimento devido ao homem - e os primeiros 15 anos do atual século, um período qualificado como de interrupção deste fenômeno.
A tese é defendida em um estudo publicado nesta quinta-feira na revista Science por Thomas R. Karl, da Administração Nacional Oceânica e Atmosférica dos Estados Unidos, no qual assinala como "evidente" um aquecimento da superfície terrestre de "poucos centésimos de graus Celsius" por década durante este século.

Desde a aparição do fenômeno climatológico "El Niño" em 1998 os cientistas observaram uma aparente redução na tendência de alta das temperaturas na superfície terrestre, à qual se referiam como "interrupção" do aquecimento global.
O quinto relatório de situação do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC) concluiu que a temperatura média "tinha mostrado uma tendência linear de um aumento muito menor durante os últimos 15 anos (1998-2012) que no período dos 30 a 60 anos anteriores".
No entanto, os resultados do novo relatório publicado hoje não aprovam a ideia de uma "arrefecimento" no aumento da temperatura média da superfície doplaneta.
O fenômeno da "interrupção" inspirou uma série de explicações físicas, incluindo mudanças no "forçamento radiativo" (diferença entre a luz solar absorvida pela Terra e a energia que irradia ao espaço), a absorção de calor pelos oceanos profundos ou mudanças na circulação atmosférica.
Embora estas análises e teorias tenha "um mérito considerável" para ajudar a entender o sistema climático global, outros aspectos importantes da "interrupção" do aquecimento "não receberam uma atenção similar", segundo o estudo dirigido por Karl.
Neste estudo, os especialistas empregaram dados corrigidos e atualizados de observações de temperaturas procedentes de milhares de estações de observação meteorológica na terra e também de navios comerciais e balizas no mar.
Além disso, graças às recentes melhoras nos dados observados e à existência de outros novos, incluindo o recorde de aquecimento em 2014, a equipe de especialistas voltou a examinar a referida pausa no aquecimento global.
A equipe assinalou que, além das melhoras na observação desde que se apresentou o relatório do IPCC, as análises mostraram que uma cobertura incompleta no Ártico tinha levado a subestimar o recente aquecimento nos dados.
Os analistas sugerem assim, neste novo relatório, que "o arrefecimento do aquecimento foi uma ilusão". 

EXAME.com

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