segunda-feira, 6 de julho de 2015

pesquisas de avaliação e a realidade nua e crua ou o "efeito quentão"

Seria possível avaliações positivas em cenário tão crítico? tenho cá minhas dúvidas sobre avaliações positivas, em especial dos gestores públicos, em cenário tão desalentador.

Algumas pesquisas de opinião demonstraram, recentemente, a queda vertiginosa da avaliação do governo federal. A avaliação de Dilma cai, pari passu, ao PIB.

O cenário econômico adverso é, a meu juízo, a principal causa da avaliação negativa. Também conta a profusão de escândalos de corrupção, mas tais casos já eram conhecidos e o governo sustentou uma avaliação razoável enquanto manteve o ambiente econômico satisfatório.

A instabilidade econômica, como se sabe, atinge todos os recantos do país (exceção feita algumas áreas com agronegócio pujante). Neste sentido, como acreditar em avaliações tão positivas de alguns governantes?

O governador potiguar teria avaliação positiva de, aproximadamente, 70%. Mesmo considerando o clima ainda de expectativa e de esperança dos potiguares em relação ao novo governante considero bem pouco provável que elevado contingente populacional esteja assim, digamos... tão animado.

O ambiente econômico adverso, a avaliação negativa do governo federal e a avaliação também negativa da maioria das gestões municipais tendem a puxar para baixo a avaliação do gestor estadual. Parece lógico.

A única realização do governo atual é, até o momento, manter o pagamento dos servidores em dia. Não é perceptível nenhuma mudança significativa nas diversas áreas.

UERN em greve. Saúde em greve. Rebeliões no Sistema Penitenciário. Ensino Médio em frangalhos e ainda com problemas significativos na oferta de transporte escolar em diversos municípios. Aliás, um secretário estadual informou que estão tentando equacionar algumas situações mais críticas na segurança e saúde, mantendo o que é possível com os recursos carimbados na educação e os demais setores em stand by.

Por fim, o percentual acima de 70%, exatamente 71,8%, de avaliação positiva é uma "marretada" na estatística. O percentual de bom e ótimo foi de 30,2%. Regular: 41,6%. Ruim e péssimo: 16,5% e não responderam: 11,7%. A pesquisa entrevistou 805 pessoas entre os dias 23 e 28 de junho de 2015. (pesquisa encomendada pela FIERN).

A situação está tão crítica que é capaz de instituições sempre bem avaliadas e conhecidas como o Corpo de Bombeiros não conseguir desempenho tão significativo.

A mesma pesquisa indicou que, entre os que souberam avaliar o papel desempenhado pela FIERN, 90% consideraram-na "muito importante" e "importante" para o RN. E 79,5% (dos que sabem o que é) aprovaram o Mais RN.

O otimismo dos potiguares é um fenômeno ou foi o "efeito quentão" das festas juninas?

Nenhum comentário:

Postar um comentário