Seria possível avaliações positivas em cenário tão crítico? tenho cá minhas dúvidas sobre avaliações positivas, em especial dos gestores públicos, em cenário tão desalentador.
Algumas pesquisas de opinião demonstraram, recentemente, a queda vertiginosa da avaliação do governo federal. A avaliação de Dilma cai, pari passu, ao PIB.
O cenário econômico adverso é, a meu juízo, a principal causa da avaliação negativa. Também conta a profusão de escândalos de corrupção, mas tais casos já eram conhecidos e o governo sustentou uma avaliação razoável enquanto manteve o ambiente econômico satisfatório.
A instabilidade econômica, como se sabe, atinge todos os recantos do país (exceção feita algumas áreas com agronegócio pujante). Neste sentido, como acreditar em avaliações tão positivas de alguns governantes?
O governador potiguar teria avaliação positiva de, aproximadamente, 70%. Mesmo considerando o clima ainda de expectativa e de esperança dos potiguares em relação ao novo governante considero bem pouco provável que elevado contingente populacional esteja assim, digamos... tão animado.
O ambiente econômico adverso, a avaliação negativa do governo federal e a avaliação também negativa da maioria das gestões municipais tendem a puxar para baixo a avaliação do gestor estadual. Parece lógico.
A única realização do governo atual é, até o momento, manter o pagamento dos servidores em dia. Não é perceptível nenhuma mudança significativa nas diversas áreas.
UERN em greve. Saúde em greve. Rebeliões no Sistema Penitenciário. Ensino Médio em frangalhos e ainda com problemas significativos na oferta de transporte escolar em diversos municípios. Aliás, um secretário estadual informou que estão tentando equacionar algumas situações mais críticas na segurança e saúde, mantendo o que é possível com os recursos carimbados na educação e os demais setores em stand by.
Por fim, o percentual acima de 70%, exatamente 71,8%, de avaliação positiva é uma "marretada" na estatística. O percentual de bom e ótimo foi de 30,2%. Regular: 41,6%. Ruim e péssimo: 16,5% e não responderam: 11,7%. A pesquisa entrevistou 805 pessoas entre os dias 23 e 28 de junho de 2015. (pesquisa encomendada pela FIERN).
A situação está tão crítica que é capaz de instituições sempre bem avaliadas e conhecidas como o Corpo de Bombeiros não conseguir desempenho tão significativo.
A mesma pesquisa indicou que, entre os que souberam avaliar o papel desempenhado pela FIERN, 90% consideraram-na "muito importante" e "importante" para o RN. E 79,5% (dos que sabem o que é) aprovaram o Mais RN.
O otimismo dos potiguares é um fenômeno ou foi o "efeito quentão" das festas juninas?
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