segunda-feira, 18 de janeiro de 2016

A saúde e as bandeiras do deputado

Artigo do deputado Galeno Torquato sobre a saúde. Comento em azul.
Trazendo na bagagem a experiência de ter sido gestor do município de São Miguel, no Alto Oeste potiguar, por duas oportunidades e ainda por ter a formação de médico com atuação nos municípios interioranos, entendemos que a saúde é, talvez, a área mais importante que compõe a administração pública. Por ter esta visão, desde o início do nosso mandato como deputado estadual temos pautado nosso trabalho buscando a melhoria do setor
Mesmo sendo experiente e médico fica evidente que o deputado ainda tem dúvida sobre a relevância da área da saúde. A experiência ainda não foi suficiente para firmar convicções? Talvez!
Em relação à saúde do Rio Grande do Norte, elegemos algumas bandeiras principais. Entre elas, destaco a regionalização da Saúde, a instalação de um hospital terciário em Natal, a celeridade na conclusão das obras do Hospital da Polícia, entre outras iniciativas.
As "bandeiras principais":
1. Regionalização: quando não se deseja criar atritos basta defender platitudes como universalização, regionalização... Tais "ideias" são como os peitos nos homens, apenas estética;
2. Instalação de Hospital em Natal: creio que desde o governo de Wilma que se fala nisso. O atual governo já informou a construção de um Hospital, aventou a possibilidade de uma PPP - Parceria Público Privada, aquisição de Hospital privado... É provável que alguma coisa saia do papel e assim a "bandeira" do deputado "casa" com a promessa do governo;
3. Rapidez numa obra: dizer o que de tal "bandeira"?
A incerteza do deputado sobre a posição hierárquica que a saúde deve ocupar na Administração Pública é compreensível a partir da publicação de suas "bandeiras principais".
Defendemos a instalação de um hospital terciário, um equipamento que dará suporte aos hospitais regionais, sobretudo na área de trauma. Acreditamos que a unidade terciária atenderia os casos mais complexos, aqueles que os hospitais de referência não puderem resolver. Para efetivar a instalação do hospital, uma das possibilidades poderia ser a cogestão entre governo do Estado e a iniciativa privada.
Afinal, não é isso que o governo "defende"? A "bandeira" do deputado é exatamente igual a proposta anunciada pelo governo. Se a "coisa" sair do papel o deputado pode dizer que ajudou com sua "bandeira"...
Toda a cadeia eletiva de alto risco, que hoje está sendo absorvida pelo Hospital Walfredo Gurgel e pelo Hospital Clóvis Sarinho, iria para esta unidade de saúde. O Walfredo Gurgel iria funcionar, por excelência, como um hospital de trauma. A cardiologia, o pré-diabético, a nefrologia, a neurologia, todas essas especialidades, iriam para o hospital terciário, como também o setor de transplante.
No parágrafo anterior, defende-se um novo Hospital terciário para o trauma. No parágrafo acima o novo Hospital terciário vai para "a cadeia eletiva de alto risco" e o Walfredo para o trauma. Entendeu Dr. Lagreca? 
Outro ponto que julgamos ser de extrema importância é a questão das infovias para a área da saúde. Infovias são redes de alta velocidade de internet que interligam, por exemplo, escolas, unidades de saúde e setores da segurança pública. Especificamente para a área, a rede facilitará o intercâmbio de informações entre postos, unidades básicas e hospitais de todos os municípios do estado.
Opa! Apareceu uma quarta "bandeira": "a questão das infovias para a área da saúde". Trocar informações sempre é bom... Desde que o governo federal lançou o "Plano Nacional de Banda Larga (PNBL)" que o Datasus trabalha para viabilizar a quarta "bandeira".
Em relação ao Hospital da Polícia, unidade de saúde que já visitamos por duas oportunidades e cuja reforma já se arrasta desde 2009, temos solicitado junto ao Governo do RN uma maior celeridade para concluir a reforma. A obra está 85% concluída, mas paralisada há um ano e meio. Orçada em R$ 4 milhões, já recebeu mais de R$ 2 milhões em aditivos e sua área será ampliada em mais de cinco mil metros quadrados.
Rosalba parou seis meses e Robinson dobrou e já bateu a meta (parou mais 1 ano) e como faz 1 ano e poucos dias que Robinson é governador creio que é adequado cobrar a retomada da obra e aí "maior celeridade".
Com uma verba de R$ 9 milhões obtidos pela bancada federal do RN em 2014, o hospital já efetuou 70% das licitações para a compra dos mais diversos equipamentos. Tais equipamentos já estão chegando à unidade de saúde, porém, deverão ficar algum tempo em desuso em decorrência da não conclusão da obra, perdendo, assim, a população do Rio Grande do Norte, que tem pressa quando o assunto é saúde.
O trecho acima deixa evidente o acerto do deputado em propor as infovias, pois imaginem os setores administrativos do governo trocando informações em alta velocidade para que equipamentos imprescindíveis não fiquem mofando em caixas enquanto os pacientes são "trocados" de um lugar para o outro em ambulâncias e suplicando por um atendimento adequado...
Imaginaram?
O hospital sempre se manteve na vanguarda da área da saúde no RN, sendo o primeiro a realizar uma cirurgia cardíaca no estado, o primeiro a ter uma UTI adulta em hospital público, o primeiro banco de leite em hospital militar do Brasil, primeira UTI Neonatal em hospital militar do Nordeste, além de ser o primeiro hospital militar do Nordeste a ter residência médica.
Infelizmente não será o primeiro Hospital a ficar com equipamentos encaixotados por falta de planejamento.
Por Galeno Torquato - Deputado estadual
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Faz pouco tempo que comentei um artigo do deputado Gustavo Fernandes sobre a importância do turismo.
Considero bastante salutar que os parlamentares apresentem e defendam suas 'causas' e 'bandeiras', mas é indispensável que apresentem boas leis, afinal a sociedade renova suas expectativas quando elege seus representantes.

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