sábado, 21 de maio de 2016

AGENDA DE DEBATES - DESAFIOS DA GESTÃO NA ATENÇÃO BÁSICA

Estamos bem perto do período eleitoral e os municípios passam por um momento delicado. As dificuldades fisco-financeiras não são pequenas e os problemas se tornam mais complexos à medida que o tempo passa.
A maioria das prefeituras não consegue oferecer serviços públicos compatíveis com as demandas da sociedade. São muitos desafios que deveriam merecer maior atenção por parte daqueles que pretendem se candidatar.
Os prefeitos que tentarão a reeleição, os prováveis candidatos que serão apoiados pelos gestores que estão no segundo mandato e os candidatos da oposição não oferecem perspectivas. Ficam num fogo cruzado, trocando acusações e insultos, uns acusando aos outros de toda sorte de irregularidades e desmandos. E o mais desastroso para o povo é que em boa parte das situações todos dizem a verdade.
Um deserto de ideias? Alheamento da realidade? Estariam de olho apenas no poder e no cofre?
Não vou perder o otimismo e proponho aos diversos candidatos e candidatas que se interessem mais pelos problemas reais e menos pela politicagem.
DESAFIOS DA GESTÃO NA ATENÇÃO BÁSICA: A Estratégia de Saúde da Família
Tem-se como certo que organizar um serviço básico de saúde que atenda as necessidades e expectativas da população está entre as tarefas mais difíceis. A organização pressupõe fazer funcionar adequadamente a Estratégia de Saúde da Família – ESF e dentre os diversos problemas, tem-se as dificuldades relacionadas ao atendimento da jornada de trabalho de 40 horas semanais por parte dos profissionais, sobretudo, os médicos.

A precarização dos vínculos trabalhistas dos profissionais que compõem as equipes permite aos gestores ‘flexionar’ a jornada de trabalho e atender as exigências dos médicos para trabalharem bem menos do que às 40 horas.

A questão é bastante complexa porque a demanda por profissionais médicos é maior do que a oferta e os recursos repassados pelo Ministério da Saúde, acrescidos da contrapartida municipal, ainda ficam bem aquém das expectativas dos profissionais ou, em outros termos, as prefeituras teriam que desembolsar uma soma considerável para ‘convencer’ um médico a se dedicar 40 horas semanais ao PSF.

Como não tem disponibilidade para tal acabam por tolerar jornadas mais flexíveis e, claro, acabam por comprometer os serviços prestados.

Outra reclamação permanente diz respeito ao perfil do profissional que não seria o mais adequado para o PSF. Em relação ao perfil de médicos que atuam em nossa região, pode-se afirmar com grande margem de segurança que, efetivamente, o vínculo precário é desejado, pois a grande maioria tem vínculos estáveis e o PSF é o ‘complemento’.

Em resumo:

- subfinanciamento;

- escassez de profissionais com o perfil adequado;
- precarização de relações trabalhistas;
- necessidade de qualificar o serviço para atender as expectativas da sociedade.
Como resolver o problema?

Mais AQUI.

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