quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

Ipea lança Boletim de Análise Político-Institucional


A publicação analisa mudanças institucionais, a relação entre Estado, sociedade e desenvolvimento no Brasil...

Com o objetivo de debater temas de relevância da vida política brasileira, o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) divulga na sexta-feira, dia 9, a primeira edição do Boletim de Análise Político-Institucional.

O lançamento será às 9h30, no auditório do 14° andar da sede do Instituto, em Brasília (SBS Qd.1, Bl. J, Ed.BNDES), pelo diretor de Estudos e Políticas do Estado, das Instituições e da Democracia (Diest), Alexandre-Gomide, o diretor-adjunto, Antonio Lassance, e a técnica de Planejamento e Pesquisa Luseni Aquino.

Os artigos da publicação trazem textos curtos que resumem várias pesquisas sobre as interfaces entre sociedade e Estado, as políticas de desenvolvimento com inclusão produtiva, a relação entre Executivo e Legislativo e as questões de maior impacto federativo. Temas como o Código Florestal, o uso de medidas provisórias, as batalhas em torno do pré-sal e do financiamento à saúde e à educação, dentre outros, foram tratados como subsídio para se oferecer um painel para o debate das perspectivas futuras do País.

Na seção Reflexões, ganha destaque o texto que problematiza a generalização da estratégia descentralizadora na implementação de políticas públicas. Tomando como objeto de análise o projeto para o novo Código Florestal Brasileiro, que tramita no Congresso Nacional, os autores jogam luz nos possíveis impactos negativos da descentralização sobre a política ambiental brasileira, especialmente em termos de sua estrutura de governança.

O boletim também reproduz a palestra feita no Ipea pelo professor e pesquisador do Massachusetts Institute of Technology (MIT) Ben Ross Schneider, uma das grandes referências internacionais no debate sobre o desenvolvimento. Schneider trata das especificidades do capitalismo na América Latina e no Brasil, do ponto de vista institucional, com ênfase no papel do Estado.

Instituto analisou gastos federais nos últimos 10 anos
Comunicado 122 realizou macrodiagnóstico das despesas da União.

O Comunicado nº 122 Governo gastador ou transferidor? – um macrodiagnóstico das despesas federais (2001 - 2011) foi apresentado na tarde desta quinta-feira, 1º, na sede do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), em Brasília, pelo técnico de Planejamento e Pesquisa Rodrigo Orais e pelo assessor técnico da Presidência do Instituto André Calixtre.

Segundo Orais, no senso comum, a análise vigente dá conta de que o governo federal vem aumentando os gastos públicos sem melhorar a qualidade dos serviços oferecidos à população.

“Diferentemente do que se afirma, cresceram os investimentos públicos, e a redução do consumo intermediário abriu espaço para a expansão desses investimentos”, disse.

“Outra parte do aumento não vem por gasto direto, e sim por transferências intergovernamentais, às instituições privadas, mas principalmente às famílias”, esclareceu.

As transferências intergovernamentais ligadas a programas de saúde e educação cresceram, de acordo com ele, de 5,1% para 5,8% do PIB.

As transferências às famílias englobam, principalmente, benefícios previdenciários e de garantia de renda, seguro desemprego e programas de redistribuição de renda. “Esse grupo corresponde a mais de 70% do avanço total dos gastos, o que corresponde a 2% do PIB”, pontuou o técnico.

Ele afirmou ainda que a política de valorização do salário mínimo não causou distorções no mercado de trabalho, ao contrário, permitiu redistribuir melhor a renda e proporcionou maior dinamismo econômico.

Calixtre ressaltou que o estudo do Ipea contribui para o debate a respeito dos gastos ao interpretar dados disponíveis à população.

“Dados os pressupostos, o perfil do gasto federal tem se transformado cada vez mais de um perfil gastador para um perfil transferidor”, alegou.

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