A Câmara Legislativa não atendeu aos apelos do governador Agnelo Queiroz
(PT) e criou hoje a CPI da Arapongagem, destinada a investigar a
violação do sigilo telefônico, telemático e ambiental de autoridades,
servidores e jornalistas no Distrito Federal a partir de 2006.
Horas antes da coleta das 11 assinaturas, o Diretório do PT no DF emitiu
nota orientando os seus deputados distritais (5) a não assinar o pedido
de CPI, que teria por objetivo "arrastar o governo petista para o
centro das denúncias reveladas pela Operação Monte Carlo".
O presidente da Câmara, Cabo Patrícío (PT), estremecido com o governador
após a demissão de um afilhado seu no governo, não atendeu o pedido e
assinou o requerimento apresentado pela oposição.
"Sou militante do PT e presidente do Poder Legislativo. Vou manter a
mesma firmeza que mantive à frente das investigações da Operação Caixa
de Pandora", justificou, referindo-se à CPI que investigou o
ex-governador José Roberto Arruda.
Enquanto os deputados se reuniam na presidência da Casa, o deputado
Israel Batista (PDT) anunciava o seu afastamento do governo de Agnelo,
atendendo a recomendação da direção nacional do partido. Saem junto com
ele o secretário do Trabalho e o administrador do Lago Norte.
O líder do governo na Câmara, Wasny de Roure (PT), confirmou a ação de
Agnelo contra a CPI: "Não sou hipócrita. Ele pediu para que não
assinássemos. Não por receio, mas por causa da turbulência que haverá",
disse o líder.
Ele afirmou, porém, que a Câmara não terá condições de fazer a
investigação proposta: "Poderá ser mais um processo pífio, de
ridicularização da Câmara. Essa seria uma tarefa para a Polícia
Federal".
Folha.com
[por estas plagas... soubemos da denúncia do uso do guardião da PF para, supostamente, espionar adversários políticos e outros... A PF local negou o uso do equipamento em nota à imprensa... e pronto. Silêncio sepulcral]
[em tãotão distante não existe disposição política para quaisquer tipos de investigações...bola pra frente...]
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