Foto: Divulgação
Em conversa com Demóstenes, bicheiro revela que seu araponga Jairo Martins produziu o filme do hotel Naoum, entregue ao jornalista Policarpo Júnior; objetivo era incendiar o País, mas a fita foi um dos maiores fiascos da história da revista Veja; já derrubou um redator-chefe e pode derrubar outro...
O inquérito do Supremo Tribunal Federal
sobre as atividades do senador Demóstenes Torres começa a desvendar,
também, métodos duvidosos utilizados pela imprensa brasileira para
produzir escândalos, como no caso recente do Hotel Naoum, em Brasília,
que motivou uma capa de Veja em agosto do ano passado.
De forma colaborativa, internautas, jornalistas e blogueiros de todo o
País começam a garimpar o que há de relevante nos milhares de diálogos
trazidos a público pelo 247.
Um dos trechos mais impactantes foi descoberto pelo jornalista Luiz
Carlos Azenha, do site Viomundo. Nele, Carlos Cachoeira e Demóstenes
confirmam que o filme do hotel Naoum, em que José Dirceu é filmado na
companhia de nomes como Fernando Pimentel e José Sergio Gabrielli, foi
produzido pelo araponga Jairo Martins, do bando de Cachoeira, e entregue
ao jornalista Policarpo Júnior, de Veja.
O objetivo de Cachoeira era
“por fogo na República”,
Cachoeira acreditava que conseguiria provar que José Dirceu teria
tramado a queda de Antônio Palocci, colocando, assim, o governo Dilma
contra o PT. “Aí é ótimo, fantástico”, responde Demóstenes (leia a
íntegra do diálogo clicando aqui).
Cachoeira tenta ainda se tornar credor de Policarpo ao determinar ao
araponga que transmitisse uma ordem ao jornalista. A fita deveria ser
pedida a ele.
Fiasco de Veja
A capa de Veja, em que José Dirceu, era retratado como “Poderoso
Chefão”, foi antecipada por Reinaldo Azevedo, como a maior denúncia dos
últimos anos, e tratada como um escândalo de grandes proporções. O
feitiço, no entanto, se virou contra o feiticeiro. No mesmo fim de
semana em que a revista circulou, descobriu-se que o repórter Gustavo
Ribeiro, subordinado a Policarpo Júnior, havia tentado invadir o quarto
de Dirceu.
A reportagem, que transformou o jornalismo investigativo em
jornalismo sob investigação, contribuiu para a queda do ex-redator-chefe
da revista, Mario Sabino. Pode, agora, contribuir também para a queda
do seu sucessor, Policarpo Júnior.
Por mais que Fábio Barbosa, presidente da Abril, lute para evitar a
convocação de Policarpo e Roberto Civita, será difícil conter a onda de
indignação da opinião pública.
blog 247 – Brasil
[pergunta: porque pessoas idôneas precisariam se encontrar as escondidas num quarto de hotel?]
[é claro que não visualizo nenhum óbice a investigação das relações dos repórteres de Veja com a turma do Cachoeira, (creio que deve interessar a revista o esclarecimento do assunto), mas... daí a retirar conclusões de que Dirceu é um santo e foi vítima da Veja é exagerar demais nas tintas...a não ser que consideremos a hipótese de Veja ter obrigado aquelas pessoas a se encontrarem num quarto de hotel à socapa]
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