Tribuna do norte
A saúde financeira do maior hospital infantil do Estado, o Varela
Santiago, enfrenta dificuldades crônicas. As dívidas de empréstimos
contraídos junto à Caixa Econômica Federal somam R$ 2,4 milhões. Os
custos totais mensais para o funcionamento da unidade superam os R$ 750
mil, e as fontes de renda da instituição, que é filantrópica, são o
Sistema Único de Saúde (SUS), repasses da Prefeitura do Natal e do
Governo. Este último em atraso e sem previsão para pagamento. O hospital
atende prioritariamente pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS).
De acordo com o diretor presidente do hospital Paulo Xavier, a última
das três parcelas de R$ 500 mil de 2011, referente a convênio com a
Secretaria Estadual de Saúde, está em atraso. Afora o repasse, o
pagamento da cota do Programa de responsabilidade fiscal Cidadão Nota 10
está pendente desde 2009. A pendência é de R$ 270 mil, entre 2009 e
2010, e outros R$ 90 mil, referente a 2011. A prestação de contas do
repasse anterior, condição para a quitação do débito, foi entregue pela
instituição ao Estado, esta semana.
As limitações de custeio da instituição, explica Paulo Xavier, impedem a manutenção do serviço e o diretor cogita renunciar o cargo que ocupa há 12 anos e até o fechamento da unidade, a partir de julho. "Com o que resta do empréstimo temos como prestar o serviço somente até junho. É inviável continuar com o serviço", diz.
O Varela Santiago possui 110 leitos para o atendimento de neurologia, oncologia infantil, neonatalogia, além de 10 unidades de terapia intensiva em pleno funcionamento e outros 10 leitos de UTI Neo Natal estão em construção. Em fase final, a obra aguarda a liberação de recursos para concluir acabamento e adquirir equipamentos. A montagem de cada leito custa em média R$ 120 mil, em aparelhos.
A defasagem no valor da diária por leito de UTI pago pela tabela do SUS é outro problema. O valor, R$ 450, é mais de duas vezes inferior ao contratado na rede privada, que chega a R$ 1,1 mil, em alguns hospitais do Estado. "Não vejo solução a não ser fechar. Não sei mais como captar recursos e não temos previsão de receber o que está prometido", dispara.
O atraso no pagamento impede ainda a renovação do convênio. O valor deveria ser repassado em janeiro. O secretário de saúde pública Domício Arruda descarta a possibilidade de ampliação no valor conveniado - três parcelas de R$ 500 mil por ano. A manutenção e regularidade no pagamento, explica secretário, seria a única forma de contribuir para o não fechamento da unidade. "Enfrentamos dificuldades orçamentárias. A liberação depende da Secretaria de planejamento que está aguardando o desempenho financeiro do quadrimestre ", disse o secretário.
No último ano, foram repassados pela Secretaria R$ 1,5 milhão. Além do convênio para custeio, outro convênio com a Sesap e o HIVS para cobrir despesas escalas de plantão, tratamento e destinação do lixo hospitalar e medicamentos, observa o secretário, custam aos cofres estaduais R$ 300 mil mensais.
Pacientes temem suspensão dos serviços
Por mês, o Hospital Varela Santiago realiza em média 12 mil atendimentos, 450 internações e cerca de 350 cirurgias. A possibilidade de encerrar as atividades devido as dificuldades financeiras assusta quem depende do serviço.
As limitações de custeio da instituição, explica Paulo Xavier, impedem a manutenção do serviço e o diretor cogita renunciar o cargo que ocupa há 12 anos e até o fechamento da unidade, a partir de julho. "Com o que resta do empréstimo temos como prestar o serviço somente até junho. É inviável continuar com o serviço", diz.
O Varela Santiago possui 110 leitos para o atendimento de neurologia, oncologia infantil, neonatalogia, além de 10 unidades de terapia intensiva em pleno funcionamento e outros 10 leitos de UTI Neo Natal estão em construção. Em fase final, a obra aguarda a liberação de recursos para concluir acabamento e adquirir equipamentos. A montagem de cada leito custa em média R$ 120 mil, em aparelhos.
A defasagem no valor da diária por leito de UTI pago pela tabela do SUS é outro problema. O valor, R$ 450, é mais de duas vezes inferior ao contratado na rede privada, que chega a R$ 1,1 mil, em alguns hospitais do Estado. "Não vejo solução a não ser fechar. Não sei mais como captar recursos e não temos previsão de receber o que está prometido", dispara.
O atraso no pagamento impede ainda a renovação do convênio. O valor deveria ser repassado em janeiro. O secretário de saúde pública Domício Arruda descarta a possibilidade de ampliação no valor conveniado - três parcelas de R$ 500 mil por ano. A manutenção e regularidade no pagamento, explica secretário, seria a única forma de contribuir para o não fechamento da unidade. "Enfrentamos dificuldades orçamentárias. A liberação depende da Secretaria de planejamento que está aguardando o desempenho financeiro do quadrimestre ", disse o secretário.
No último ano, foram repassados pela Secretaria R$ 1,5 milhão. Além do convênio para custeio, outro convênio com a Sesap e o HIVS para cobrir despesas escalas de plantão, tratamento e destinação do lixo hospitalar e medicamentos, observa o secretário, custam aos cofres estaduais R$ 300 mil mensais.
Pacientes temem suspensão dos serviços
Por mês, o Hospital Varela Santiago realiza em média 12 mil atendimentos, 450 internações e cerca de 350 cirurgias. A possibilidade de encerrar as atividades devido as dificuldades financeiras assusta quem depende do serviço.
A dona de casa Claudia Xavier da Costa, 20 anos, é uma delas.
Com o filho João Eudes, de 1,2 ano, internado desde que nasceu, ela teme
que a tão esperada cirurgia para fechamento da traqueia do filho,
prevista para o segundo semestre não aconteça. "É a vida do meu filho
que está em risco. Não tenho como pagar plano de saúde ou a quem
recorrer", afirma.
A cirurgia do pequeno Pedro Rafael, de 8 meses, também ficaria comprometida. A criança nasceu com uma disfunção no rim direito e está há um mês internado para tratamento. A dona de casa Maria José Gomes de Oliveira, 37 anos, também conta que teve dificuldade para obter o diagnóstico da doença do filho, Marcos Antônio, de dois anos, em outras instituições. "Disseram que era virose, dengue, anemia aguda e na verdade ele teve calazar, mas já está bem", disse ela que espera a liberação do filho para este final de semana.
A cirurgia do pequeno Pedro Rafael, de 8 meses, também ficaria comprometida. A criança nasceu com uma disfunção no rim direito e está há um mês internado para tratamento. A dona de casa Maria José Gomes de Oliveira, 37 anos, também conta que teve dificuldade para obter o diagnóstico da doença do filho, Marcos Antônio, de dois anos, em outras instituições. "Disseram que era virose, dengue, anemia aguda e na verdade ele teve calazar, mas já está bem", disse ela que espera a liberação do filho para este final de semana.
Aldair DantasEm fase final, a obra aguarda a liberação de recursos para acabamento e compra de equipamentos
[caminhamos a passos largos para o colapso da rede de assistência a saúde no RN...e não pensem os apressados que o caos evidenciado é trabalho de um governo...o 'trabalho' foi coletivo, sistemático, perpassa vários governos, mas...quase sempre com os mesmos 'atores' embrenhados na burocracia estadual...deve ser somente mera coincidência ou não?]
Nenhum comentário:
Postar um comentário