sábado, 28 de abril de 2012

Economia: A década do emprego formal

Fabiana Ribeiro, O Globo

Na última década, o mercado de trabalho deu um salto de formalização. De 2000 para 2010, os profissionais com carteira de trabalho assinada — que somam 39,1 milhões de trabalhadores — aumentaram sua participação no contingente dos 61,1 milhões de empregados do país: de 54,8% para 63,9%.

Já os sem carteira — 17,4 milhões — recuaram de 36,8% para 28,5%. Somados aos 7,6% dos militares e funcionários públicos, são 71,5% dos empregados com proteção social no Brasil. Em 2000, eram 63,3%. A menor informalidade mexeu com vários indicadores, da renda à jornada do trabalho, passando pela desigualdade.

O crescimento econômico, mais escolaridade e a melhor distribuição de renda, especialmente nos anos mais recentes, explicam o avanço no mundo do trabalho. Os dados fazem parte do maior retrato do país, o Censo Demográfico 2010, divulgado sexta-feira pelo IBGE.

E isso veio acompanhado de uma melhora na situação econômica das famílias — comentou Vandeli Guerra, pesquisadora do IBGE, acrescentando que a expansão da formalidade aconteceu em todas as cinco regiões do país. Atingiu 72,1% dos empregos do Sul em 2010 e, no outro extremo, 47,3% das vagas do Norte.

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