Prefeita tratou com Rafael Godeiro acordo da Henasa, diz Carla Ubarana
Em depoimento, ex-servidora diz que prefeita tratou com então presidente do TJ, Rafael Godeiro, e outros desembargadores, o precatório rumoroso.
O depoimento da ex-serventuária Carla de Paiva Ubarana aos promotores da
Defesa do Patrimônio Público, no dia em que celebrou sua delação
premiada, escancara ainda mais o lamaçal em que se encontra o Tribunal
de Justiça do Rio Grande do Norte.
Divulgados no Blog do BG,
os vídeos relatam uma teia criminosa alojada no seio de quem deveria
ser guardiã da Justiça. Carla detona supostos esquemas além de
precatórios, revelando tráfico de influência entre advogados e
servidores, tudo com a anuência de magistrados.
[ainda chegará ao conhecimento público as supostas tratativas para venda de sentenças?]
Divididos em seis partes, os depoimentos de quase cinco horas revelam, lançam mais polêmica sobre o rumoroso caso da Henasa. Na segunda parte do conteúdo multimídia, Carla desconstrói o discurso dado em coletiva de imprensa pelo ex-procurador geral do Município, Bruno Macedo, segundo quem a prefeita Micarla de Sousa (PV) chancelou o acordo porque foi orientada pelo escritório de advocacia de Cândido Gurgel, não tendo participado das negociações.
“Esses R$ 95 milhões [valor do precatório] foi o único processo assinado
na mesa presidência depois de uma conversa entre ele [Rafael Godeiro] e
Micarla. Fizemos mais de trezentas audiências e nunca nenhum prefeito
assinou [o acordo]. Ela foi. E fez uma reunião com outros
desembargadores para acordar como seria o repasse. Não sei o que
discutiram, eu sei que todo dia dez o dinheiro caía e eu fazia a
divisão” [sic], conta a ex-chefe da Divisão de Precatórios.
Ela
disse ainda como o dinheiro era rateado: “O dinheiro era dividido entre a
parte autora [Henasa] e um advogado. Primeiro foi Raimundo Nonato,
depois Fernando Caldas, que já teve um problema porque Fábio Hollanda
também esteve nesse processo”, relatou.
Carla também teoriza
sobre Bruno Macedo em outra passagem. Diz que ele pediu para que
retirassem da ordem cronológica para suposto “acordo por fora”. Em outro
trecho do depoimento, diz que o próprio ex-procurador defendeu o
precatório para uma construtora, e que iria receber a parte dele.
nominuto
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