sábado, 28 de abril de 2012

Um outro modelo de educação

Nos últimos 15 anos, governos, ministros da educação e autoproclamados especialistas têm se empenhado em transformar a educação no Brasil em sinônimo de provas, testes padronizados, rankings, concursos, avaliações e premiações para os mais capazes. 

A ideia central dessa concepção do ensino escolar pode ser resumida em uma palavra: competição. Competição entre alunos, competição entre professores, competição entre escolas, competição por recursos. As condições dos professores, das crianças, das escolas e das famílias pouco importam, o principal é o indivíduo, a responsabilidade individual. É verdade que não estamos sozinhos, pois um grande número de países tem seguido esse caminho, a começar pelos Estados Unidos. Mas isso não é garantia de que a trilha seja a mais correta ou promissora.

A experiência da Finlândia tem sido já há algum tempo citada como uma forma distinta de ver a educação como política pública. Na verdade, a Finlândia iniciou décadas atrás uma mudança radical no seu sistema escolar e foi, paradoxalmente, um teste internacional (o PISA) que atraiu a atenção para um país que consistentemente tem apresentado um dos melhores desempenhos em todas as áreas de ensino avaliadas. Os que defendem a competição como princípio às vezes citam a Coreia como justificativa, mas o modelo coreano também não se resume a esse fator (por exemplo, os professores primários coreanos estão entre os mais bem remunerados e formam uma categoria altamente respeitada). A Finlândia, por sua vez, além de ter elevado os professores e as escolas à condição de prioridade nacional, rejeita por princípio a competição como princípio educacional.

por Renato Perim Coliteste

[é claro que um maior aporte de recursos na educação seria desejável, mas é possível fazer mais com o que existe e dentre os diversos aspectos para um melhor padrão de desempenho, destaca-se o perfil do diretor...]

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