Assembleia Legislativa do Rio é a mais inchada do País
A Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj) é a mais
inchada do País, com 4.328 funcionários (a paulista, com 24 deputados a mais,
tem 468 servidores a menos), revela levantamento feito pelo jornal O Estado de
S. Paulo nos Legislativos estaduais. A Assembleia paulista é líder em carros
oficiais (165) - quanto às despesas com combustível, os maiores consumidores são
os deputados de Mato Grosso, que torram R$ 470 mil em gasolina por mês, mais que
fluminenses e paulistas somados.
Na esteira da Lei de Acesso à Informação, que passa a valer no
próximo dia 16, o Estado encaminhou às assembleias um questionário com perguntas
sobre os mais variados aspectos da administração interna, como o número projetos
de lei aprovados no plenário e o valor mensal das verbas indenizatórias. Do
total de 27 assembleias, 20 responderam à reportagem. Não prestaram as
informações solicitadas as Assembleias dos seguintes Estados: Acre, Amapá,
Paraíba, Pernambuco, Rondônia, Roraima e Sergipe.
A Alerj possui 789 servidores efetivos e 3.539 comissionados,
totalizando 4.328 pessoas. Em seguida no ranking do inchaço de pessoal, vêm as
Assembleias de São Paulo (3.860), Minas Gerais (3.840) e Pará (3.110) - dessas,
São Paulo e Minas têm mais deputados que o Rio: respectivamente, 94 e 77.
'Há necessidade de diminuir o tamanho da máquina', admite o
presidente da Alerj, deputado Paulo Melo (PMDB), que atribui o inchaço à fusão
dos Estados da Guanabara e do Rio de Janeiro, em 1975. 'Tivemos duas Assembleias
fundidas em uma.'
Alvo de escândalos por causa da edição de atos secretos para
nomear e demitir servidores, a Assembleia do Paraná diz que reduziu o número de
comissionados de 2.456 para 1.204 entre 2010 e 2012.
A do Espírito Santo é a que declarou ter menos funcionários:
são 387 efetivos e 263 comissionados, ou seja, 650. Ter o maior pessoal
contribuiu para que os deputados e servidores fluminenses tivessem o maior gasto
com eletricidade: R$ 161 mil, o dobro dos paulistas.
Apesar do expressivo contingente, a Alerj reconheceu que ainda
não conta com um sistema de avaliação de servidores. 'A Alerj acabou de
finalizar um recadastramento de servidores este ano e estamos estudando a
instalação de uma comissão para avaliar o desempenho destes funcionários',
comunicou a assessoria da Alerj. Mato Grosso, Distrito Federal, Paraná, Piauí e
Espírito Santo também responderam negativamente.
As informações são do jornal O
Estado de S. Paulo.
Por AE,
estadao.com.br,
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