DOSSIÊ DA SECA: mais de 500 cidades em situação de emergência
Seca no Nordeste deixa mais de 500 cidades em situação de emergência
Falta de chuva secou rios, prejudicou lavouras e fez
disparar o preço de alimentos. Em uma cidade do interior da Bahia, não
chove há dois anos.
A seca na Região Nordeste já deixou mais de 500 cidades em situação de
emergência. A falta de chuva secou rios, prejudicou as lavouras e fez
disparar o preço de alimentos, como o milho e o feijão.
Animais famintos, sem ter o que comer. Na terra esturricada pela seca,
não dá para plantar. O agricultor trabalha em vão. A água é suja,
salgada e está cada vez mais distante. São poucos os reservatórios que
ainda não secaram. O Rio Pajeú, no município de Floresta, um dos maiores
rios do sertão, hoje é cenário de desolação.
“Era a água que servia para a gente fazer irrigação agrícola, pastagem
de animais e todo o uso doméstico. Hoje, com a seca, a gente está em uma
situação dessas”, conta o agricultor Florisvaldo de Souza.
Os números do Ministério da Integração Nacional divulgados neste sábado
(5) revelam o mapa da escassez de chuva na região: 525 municípios do
Nordeste estão em situação de emergência; outros 221 também sofrem os
efeitos da estiagem e aguardam a avaliação da Secretaria Nacional de
Defesa Civil. Na Paraíba, 171 cidades decretaram emergência, no Rio Grande do Norte, 139, e em Pernambuco, 45.
Na Bahia,
a situação é mais grave, o estado de emergência já foi reconhecido em
232 municípios. Segundo a defesa civil do estado, esta é a pior seca dos
últimos 47 anos. No município de Anagé não chove há dois anos.
Agricultores estão perdendo as plantações e muitas famílias estão sem
água para beber.
A seca no agreste e no sertão de Pernambuco já apresenta reflexos na
Ceasa do Recife, o maior centro de abastecimento do estado. A queda na
produção atinge o milho verde, um dos alimentos mais consumidos a partir
do mês de maio até o São João. A quantidade de milho diminuiu e os
preços já dispararam.
O preço quase dobrou em relação ao mesmo período do ano passado. Hoje, a
chamada mão de milho, com 50 espigas, é vendida por R$ 15. No ano
passado? “Era de R$ 8 a R$ 10 a mão”, revela um vendedor.
Com o feijão não foi diferente. O preço subiu 100% em relação ao mesmo
período do ano passado. O quilo passou de R$ 3 para R$ 6,20.
G1
[Quem sabe os integrantes do GADE - Defesa Civil buscando informações em outros órgãos do próprio governo, assistindo aos jornais, pesquisando na internet 'consiga' concluir que realmente a seca é uma realidade no Nordeste...]
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