Há 17 anos o salário mínimo era pago com a venda de 195,3
litros de leite. Se a mesma comparação for feita hoje, seriam necessários 777,5
litros para chegar aos R$ 622 pagos aos brasileiros desde o início do ano. Os
números compõem um estudo do Serviço Nacional de Apoio às Micro e Pequenas
Empresas (Sebrae/RN) e atestam a defasagem da cadeia produtiva no Rio Grande do
Norte. Junto à realidade mostrada pelos dados, a grave seca no interior motivou
entidades envolvidas direta ou indiretamente ao setor a exigirem medidas dos
governos estadual e federal. Um documento, no qual estão uma série de
reivindicações será apresentando a bancada federal e representantes do Governo
do Estado na próxima semana.
Entre as principais exigências do documento está o reajuste
de R$ 0,80 para R$ 1,04 no preço pago por litro no Programa do Leite. De acordo
com o estudo do Sebrae, o custo do conjunto de insumos necessários à cadeia
produtiva subiram 540,4% em mais de uma década, enquanto a remuneração pelo
litro de leite cresceu 142,4%. "O leite ficou totalmente defasado",
afirma o presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do RN (Faern), José
Vieira ao falar dos 397,9% de diferença entre a variação no custo dos insumos e
o preço da produção leiteira.
Para o presidente da federação, a gravidade do momento vivido pela agropecuária potiguar pede urgência. "O governo tem que decidir se quer ou não salvar o rebanho", reforça. Sobre a correção no preço, Vieira conta que historicamente o leite do Nordeste é 20% mais caro do que o vendido no Sul devido aos custos de produção mais vantajosos nos estados sulistas. No estudo do Sebrae/RN foram contabilizados na conta dos insumos o preço do concentrado, que engloba fontes de alimentação de fontes protéicas como farelo de soja, além da evolução nos custos de medicamentos básicos, energia, sal mineral, uréia, combustíveis, e o salário mínimo pago ao trabalhador.
Reivindicações
Outras demandas incluídas no documento levam em conta a situação de seca no interior do estado. "Ninguém estava prevendo. Os produtores foram pegos de surpresa e não estavam preparados. No interior estão morrendo animais por falta de alimentação", conta o presidente da Faern. Entre as reivindicações, as entidades pedem a abertura de uma linha de crédito para que os produtores possam comprar alimentos volumosos, como feno, para abastecer o rebanho e evitar a morte dos animais.
Para o presidente da federação, a gravidade do momento vivido pela agropecuária potiguar pede urgência. "O governo tem que decidir se quer ou não salvar o rebanho", reforça. Sobre a correção no preço, Vieira conta que historicamente o leite do Nordeste é 20% mais caro do que o vendido no Sul devido aos custos de produção mais vantajosos nos estados sulistas. No estudo do Sebrae/RN foram contabilizados na conta dos insumos o preço do concentrado, que engloba fontes de alimentação de fontes protéicas como farelo de soja, além da evolução nos custos de medicamentos básicos, energia, sal mineral, uréia, combustíveis, e o salário mínimo pago ao trabalhador.
Reivindicações
Outras demandas incluídas no documento levam em conta a situação de seca no interior do estado. "Ninguém estava prevendo. Os produtores foram pegos de surpresa e não estavam preparados. No interior estão morrendo animais por falta de alimentação", conta o presidente da Faern. Entre as reivindicações, as entidades pedem a abertura de uma linha de crédito para que os produtores possam comprar alimentos volumosos, como feno, para abastecer o rebanho e evitar a morte dos animais.
[colocando as coisas no seu devido lugar: a
reclamação dos produtores é que o preço pago
pelo produto não acompanhou o crescente custo de produção, portanto, o preço que o governo paga aos produtores para o Programa do Leite está abaixo das expectativas. Diga-se
também que ganhos de produtividade poderiam causar a mesma situação, produzir
mais e melhor com menos...Não é o caso. A produção leiteira no RN é rudimentar
e necessita de muito apoio governamental para continuar existindo...]
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