quinta-feira, 3 de maio de 2012

Tesouro Direto oferece diversas estratégias; saiba como ganhar (mais) dinheiro com ele

títulos públicos, por meio do Tesouro Direto, não requer nenhum tipo de estudo ou de conhecimento prévio do mercado, é importante saber que, mesmo sendo uma aplicação mais conservadora do que o mercado acionário, estes títulos também podem oferecer uma rentabilidade mais ou menos atrativa de acordo com a maneira como são operados. Isso acontece porque existem diversos tipos de títulos - com variadas datas de vencimento -, o que faz com que a rentabilidade varie de forma importante durante o período de vigência do título.

Por isso, de acordo com especialistas, para conseguir um retorno maior, é importante estar por dentro do que está acontecendo no mercado. “Um trader mais avançado de renda fixa pode usar uma série de ferramentas, mas o pequeno investidor também pode operar com renda fixa com algumas regras bastante simples e conseguir retornos muito satisfatórios”, afirma o economista e professor de finanças Richard Rytenband.

De acordo com ele, o mais importante é que o investidor fique atento aos movimentos da economia nacional e acompanhe as expectativas de mercado para os principais indicadores macroeconômicos. “Uma maneira fácil é acompanhar semanalmente a divulgação do Boletim Focus (divulgado pelo Banco Central às segundas-feiras), que mostra as expectativas do mercado financeiro para as principais variáveis – entre elas, a inflação e as taxas de juros”, explica.

Expectativa de queda de juros
 
Se a expectativa do mercado apontar para uma queda significativa na taxa básica de juro no futuro, uma boa alternativa podem ser as LTN (Letras do Tesouro Nacional), títulos prefixados que pagam no vencimento a taxa de juros vigente no momento da compra. “O investidor só deve entrar no prefixado quando a tendência da taxa de juros for de queda”, aconselha Rytenband.

Isso porque, além de garantir uma taxa de juros mais elevada no momento do resgate do título, o investidor se beneficia das alterações do valor de face do título público, que oscila de acordo com a redução ou aumento da Selic e com a procura no mercado secundário.

“O valor do título é corrigido se a Selic mudar de patamar. Se a taxa sobe, o valor do título recua e se ela cai, o valor do título aumenta”, explica o gestor de investimentos da Lecca, Georges Catalão. Ou seja: se o investidor mantiver o título até o vencimento, ele vai receber exatamente o rendimento acordado no momento da compra. Mas, se vender antes, ele vai receber o valor de mercado daquele título, que varia de acordo com a oscilação da Selic.

Alta da inflação
 
Se a expectativa for de alta da inflação, a melhor opção são os títulos indexados aos índices de preços, como as NTN - B (Nota do Tesouro Nacional – Série B). Entretanto, é importante lembrar que estes títulos também sofrem variação no seu valor de face, dependendo da oscilação da Selic e da oferta e demanda. Isso quer dizer que, se decidir vender o título antes do vencimento, o investidor pode conseguir uma rentabilidade maior do que aquela que foi acordada ou até mesmo menor, dependendo do mercado. Por isso, assim como as LTNs, estes títulos são considerados mais “arrojados” e é interessante casar a data de vencimento com o objetivo do investimento, evitando perdas em caso de oscilação negativa.

“É fundamental que todo investimento leve em consideração o objetivo que a pessoa possui. Se ela tem como meta a aposentadoria, deve priorizar os títulos de prazo mais longo. Se o objetivo for outro, é importante adequar o investimento ao prazo de realização deste objetivo”, afirma o planejador financeiro Valter Police, da Police Consultoria.

Já as LFT (Letras Financeiras do Tesouro) são mais indicadas quando a expectativa é de elevação da taxa de juros no longo prazo, já que elas oferecem uma rentabilidade pós-fixada indexada à Selic. “Estes títulos são mais conservadores e não sofrem volatilidade tão grande como as NTN-B e as LTN”, aponta Rytenband.

Qual o melhor agora?
 
De acordo com os especialistas, no momento atual, uma boa aposta podem ser os títulos indexados ao índice de preços. “A expectativa da inflação para os próximos 12 meses tem subido nas últimas semanas. Assim, o investidor deve começar a comprar os títulos atrelados ao IPCA, porque eles vão continuar sendo as estrelas no segundo semestre e no começo de 2013”, acredita Rytenband.

O gestor da Lecca concorda. “Neste cenário, recomendamos as NTN-B, devido ao movimento do BC de fazer expansão monetária de forma agressiva. O mercado já tem precificado novas quedas da Selic, o que tende a pressionar a inflação”, aponta Catalão.

Os prefixados, por sua vez, não devem oferecer uma rentabilidade tão elevada. “Não tem mais muito espaço para reduzir os juros, então, não compensa o risco da taxa de juros subir e o investidor acabar prejudicado”, afirma o gestor.

Já o planejador da Police Consultoria acredita que a melhor opção seja diversificar os títulos públicos no portfólio. “Sempre que possível, tenha uma parte da sua carteira um pouco de cada título. A diversificação é a regra de ouro de qualquer investidor e deve ser sempre aplicada aos títulos públicos”, afirma.

Lembrando que as pessoas físicas podem investir em títulos públicos por meio do programa Tesouro Direto, que disponibiliza a compra e venda pela internet. Para isso, é necessário ser cadastrado em uma corretora de valores e pedir autorização da instituição para operar com esses títulos.

do infomoney

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