Pleno do TJ reconhece legalidade de greve da Uern
O Pleno de desembargadores do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Norte
(TJ/RN) manteve nesta quarta-feira (13) a decisão da juíza convocada,
Sulamita Pacheco, ao reconhecer a legalidade da greve dos servidores e
professores da Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (Uern). O
Executivo havia ingressado com Agravo Regimental, recurso que busca
provocar a revisão de decisões anteriores. A decisão foi à unanimidade.
Sulamita Pacheco indeferiu liminarmente o pedido de ilegalidade do
movimento grevista, feito pelo Governo do Estado. "A greve que hora se
analisa não possui ilegalidade que se possa enxergar neste momento
processual, exatamente por ser uma reação às condições de trabalho e o
exercício do direito de auto-defesa de categorias", destacou a juíza
convocada, que completou: "assegurar agora o direito à greve traz como
consequência a segurança de uma educação mais digna".
Na visão de
Sulamita Pacheco, o Estado não cuidou de maneira satisfatória de
demonstrar a existência de requisitos necessários, perante à lei, para
alcançar a concessão do que pleiteou. Além disso, destacou ela, resta
evidenciado o descumprimento do Estado de acordo realizado em 02 de maio
deste ano.
O acordo mencionado pela magistrada foi resultado de
uma greve deflagrada no período de julho a setembro de 2011 pelos
servidores e professores da Uern, que perdurou 90 dias e, embora não
tenha sido oficializado, a conciliação entre as partes foi divulgada
abundantemente pela mídia, inclusive pelo próprio Governo do Estado.
"Ora,
é notório no Brasil que a classe dos professores vem sofrendo péssimas
condições de trabalho e uma remuneração que não condiz com a importância
do ensino", exclamou Sulamita Pacheco. Ela enfatiza que, por isso
mesmo, há de se reconhecer a necessidade de fortalecimento da categoria
desses profissionais, base da sociedade, bem como os direitos dos
docentes de reivindicar melhores condições de trabalho mais justos.
* Fonte: TJ/RN
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