Luiz Felipe Pondé, Folha de SP
A Anvisa é uma
das agências fascistas que querem controlar nossas vidas nos mínimos
detalhes, com sua proposta de exigir receita médica para comprar
remédios tarja vermelha. É uma das pragas contemporâneas.
Não acredito na
boa vontade nem na ciência desses tecnocratas da Anvisa. Acho que eles
se masturbam à noite sonhando como vão controlar a vida dos outros em
nome da saúde pública. Não acredito em motivações ideológicas para nada,
apenas em taras sexuais escondidas. Freud na veia...
Dou mais dois
exemplos desse tipo de praga: proibir publicidade para crianças e cotas
de 50% nas universidade federais para índios, negros e pobres (alguma
pequena porcentagem neste último caso vá lá).
Nós,
contribuintes, não podemos nos defender dessa lei das cotas. Essa lei
rouba nosso dinheiro na medida em que somos nós que pagamos pelas
universidades federais.
Até quando vamos
aceitar esta ditadura "light" que "bate nossa carteira" dizendo que é em
nome da justiça social? "Justiça social" é uma das assinaturas do
fascismo em nossa época.
O fascismo não
morreu, e um dos maiores desserviços que minha classe intelectual presta
à sociedade é deixar que as pessoas pensem que o fascismo morreu.
Aldous Huxley ("Admirável Mundo Novo"), George Orwell ("1984") e Ayn
Rand ("A Revolta de Atlas") deveriam ser adotados em todas as escolas
para ensinar o que os professores não ensinam e deveriam ensinar: que o
fascismo não morreu.
O fascismo é a
marca de tecnocratas e políticos que querem governar a vida achando que
somos idiotas incapazes de decidir e que usam nosso dinheiro para
esconder suas incompetências e sustentar suas ideologias "do bem".
Querem nos tornar idiotas e pobres, para depois "tomar conta de nós".
O governo
brasileiro, que flerta com o fascismo, engana as pessoas se concentrando
em temas da "igualdade" e "saúde pública". A proposta de cotas nas
universidades federais, além de populismo sem-vergonha, maquia a
incompetência imoral do governo em retribuir à sociedade o que arrecada
monstruosamente em impostos. A máquina de arrecadação de impostos no Brasil faz do governo sócio parasita de todo mundo que trabalha.
Em vez de
investir dinheiro na educação básica, sua obrigação, o governo usa o
dinheiro público em aventuras como o mensalão, se escondendo atrás de
medidas (cotas nas universidades, controles da Anvisa, proibição de
publicidade para crianças) que não arranham a corrupção ideologicamente
justificada inventada pelo PT, mas que têm grande apelo publicitário.
O que é corrupção
ideologicamente justificada? Você se lembra do "rouba, mas faz"? O PT
diz "porque sou do bem, posso roubar". Essas leis não atrapalham a
corrupção porque não disputam dinheiro com a corrupção. O pior é que,
como parte do corpo de professores e funcionários das universidades
federais é também fascista, acha isso tudo lindo.
Quanto à
proibição da publicidade infantil, todo mundo sabe que só a família e a
escola podem fazer alguma coisa para educar crianças. Todo mundo sabe
que é difícil educar, ocupar e conviver dizendo "não" para as crianças.
Todo mundo sabe que, quanto menos a mãe está em casa e quanto mais ela é
só e menos tempo tem para criança, mais a criança come porcaria.
E quanto mais
isso tudo acontece, mais se precisa de escola pública competente para
preencher o vazio de famílias que não cumprem sua função, ainda que
nunca seja a mesma coisa. Mas escola pública atrapalha a corrupção
porque gasta o dinheiro da "mesada do bem". Mais barato para o governo é
brincar de proibir a publicidade infantil.
Os mesmos que
gozam pensando em mandar na vida dos outros são os que mentem quando não
dizem que as crianças comem porcaria porque ficam largadas em casa sem
mãe para tomar conta delas (e sem boas escolas). Não precisa ser gênio
para saber que ,sem mãe atenta, nada funciona na vida das crianças.
Os mesmos que
cospem na cara da família como instituição, estimulam as mulheres a
pensarem só em si mesmas e acusam a família de ser autoritária são os
que pedem a proibição da publicidade infantil.
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