quarta-feira, 15 de agosto de 2012

Exportações DO RN

As exportações do Rio Grande do Norte no mês de julho registram uma forte queda quando comparadas ao mesmo mês do ano passado. Em julho deste ano o estado exportou US$ 15,9 milhões contra um volume de exportações nesse mesmo mês de 2011 US$ 24,9 milhões. Portanto, uma queda de US$ 9 milhões no valor total das exportações ou o equivalente a 36%.

Os dois principais itens responsáveis por essa queda foram peixes, com queda de US$ 3,9 milhões, e as exportações de castanha de caju, que caíram US$ 2,2 milhões.

Em junho de 2011 o RN exportou US$ 4,9 milhões de peixes e em julho deste ano o valor caiu para apenas US$ 1 milhão. No caso da castanha o valor no mês de julho do ano passado foi US$ 5,6 milhões e em julho deste ano caiu para US$ 3,4 milhões.

No caso da castanha ocorreu  uma combinação na queda do volume exportado (-28%) com uma redução no preço do produto (queda de 16% quando comparado ao mesmo mês do ano anterior). Para as exportações de peixes (cujo principal item são os atuns) a queda foi determinada sobretudo pelo volume exportado.

Aliás, as exportações de atuns no estado não estão repetindo em 2012 o bom desempenho registrado no ano passado. De janeiro a julho de 2011 o RN havia exportado aproximadamente US$ 11 milhões em pescados. Esse ano, no mesmo intervalo de tempo, as exportações desses produtos chega apenas a US$ 4,13 milhões. 

Exportações de Castanha e Melão em 2012

Os dois principais produtos da pauta de exportações do Rio Grande do Norte são o melão e a castanha. Frequentemente eles se revezam ocupando a primeira a segunda colocação no ranking de exportações locais.

As exportações de melão, produzido principalmente nos municípios de Mossoró e Baraúna com uma agricultura irrigada moderna, são sazonais, ocorrendo sobretudo de setembro a janeiro, período de ausência de chuvas na região produtora. 

A castanha, por sua vez, tem no município de Serra do Mel seu principal polo de produção, mas cuja produção também é encontrada no Médio Oeste, na Serra de Santana e um pouco aqui pela região Agreste do estado. Embora seja uma produção também sazonal, com início da frutificação nessa época do ano na região oeste do estado e progressivamente se estendendo em direção ao leste, as exportações de castanha são razoavelmente bem distribuídas ao longo do ano. Pois o produto é processado nas usinas de beneficiamento e a castanha não é perecível como o melão, podendo ser armazenada.

De janeiro a julho de 2012 as exportações de castanha registraram um pequeno aumento de 1% na quantidade exportada em relação ao mesmo período de 2011. Todavia, com a queda de 8,7% nos preços da castanha no mercado internacional, o valor das exportações teve um recuo de 7,7%.

No caso do melão o ano de 2012 vem se mostrando muito bom para os agricultores que praticam seu cultivo. Em termos de volume exportado ocorreu um crescimento de 43% nas exportações de melão do estado. Esse crescimento ocorreu sobretudo pela forte seca que se abateu sobre o semiárido nordestino esse ano. Sem as chuvas na região produtora, os agricultores puderam estender o período de produção utilizando a agricultura irrigada. 

Isso fica bastante claro quando verificamos, por exemplo, que em 2011 não ocorreram exportações de melão pelo RN nos meses de maio, junho e julho. Agora em 2012, embora em volume pequeno, foram exportadas 140 toneladas da fruta. No primeiro quadrimestre do ano, por sua vez, as exportações atingiram 22 mil toneladas, contra aproximadamente 16 mil no mesmo período de 2011.

Se o clima está favorável às exportações de melão, o mesmo não pode ser dito dos preços. Na média deste ano as exportações de melão do RN foram realizadas a uma cotação do produto cerca de 11,5% abaixo da média praticada em 2011. Provavelmente a crise da Europa (principal destino das nossas exportações de melão) e a maior oferta do produto, tenham contribuído para essa queda nos preços.

Com a desvalorização cambial recente, porém, é possível que em reais os exportadores estejam recebendo por KG exportado um valor maior do que o recebido em 2011.

Nenhum comentário:

Postar um comentário