sábado, 11 de maio de 2013

Involuntariamente, porco vira astro da semana



Estava o porco se refestelando em sua pocilga quando, de repente, foi transportado à revelia para dois ambientes de pouco asseio –um em Brasília, outro em Maceió. Da tribuna da Câmara, Anthony Garotinho chamou a MP dos Portos de “MP dos Porcos”. E dizendo isso, igualou quadrúpedes inocentes aos bípedes que considera corrompidos.

No Tribunal do Júri sobre a morte de PC Farias, coube ao promotor Marcos Mousinho arrancar o suíno do seu sossego. O doutor explicava as diferenças entre dois laudos. Num, a namorada do ex-coletor de Fernando Collor matou-o e, depois, suicidou-se. Noutro, houve duplo homicídio.
A alturas tantas, Mousinho explicou que os peritos do segundo laudo atiraram num porco anestesiado para reproduzir os efeitos da bala no corpo da namorada de PC. Diferentemente do que sucedera com a moça, o suíno não sangrou. A bala foi bater no pulmão. Por que não repetiram o teste? “O porco tem direitos humanos dos porcos”, disse o promotor, ateando riso ao redor.
Se tivesse assessor de imprensa, o porco talvez soltasse uma nota. No texto, mandaria anotar: “Incluam-me fora de tanta imundície. Exijo respeito. Se existo é para que me engordem, engordem, engordem, até estar em condições de ser mandado ao matadouro para servir de alimento para os homens. Bem verdade que, depois de comido, me transformo em adubo. Mas a partir daí viro no máximo um pé de alface.”

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