terça-feira, 9 de julho de 2013

Estimativas para o PIB 2013 realizadas pelo FMI




O Fundo Monetário Internacional (FMI) está mais pessimista com os países emergentes do que com os mais desenvolvidos, como os da combalida Europa que ainda patina para sair do atoleiro da crise. Ao divulgar nesta terça-feira o corte de 0,2 ponto percentual nas projeções de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) global tanto para este ano quanto para o próximo, o órgão prevê um avanço na economia mundial de 3,1% e 3,8%, respectivamente. Antes, as projeções era de 3,3% e 4%, nos mesmos períodos. Enquanto, isso, as novas estimativas para os mercados em desenvolvimento tiveram uma redução maior: de 0,3 ponto percentual, para 5%, em 2013, e 5,4%, em 2014. Esta é a quinta vez seguida que o Fundo reduz suas estimativas desde o início do ano passado


As nações emergentes que compõem o Brics, bloco composto por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul figuram entre as que tiveram as maiores reduções, chegando a 0,9 ponto percentual, como é o caso da Rússia, conforme dados da tabela. Em relação à economia brasileira, por exemplo, o órgão prevê que o país crescerá apenas 2,5%, este ano, e 3,2%, em 2014. Essas estimativas eram de 3% e 4%, respectivamente e foram reduzidas em 0,5 ponto e 0,8 ponto. Com isso, o país continuará registrando expansão abaixo da América Latina, que, de acordo com novas as estimativas do Fundo, avançará 3%, em 2013, e 3,4%, em 2014.


No relatório intitulado “dores do crescimento”, o FMI conta que essas reduções nas projeções da versão atualizada do Panorama Econômico Global, atualizada a cada três meses, foram decorrentes da manutenção dos riscos atuais e do surgimento de novos riscos como a desaceleração mais prolongada das economias chaves entre os emergentes. Essa perda de fôlego nas nações em desenvolvimento e que vinham sustentando o crescimento global também está relacionada à redução na oferta de crédito e dos impactos da mudança da política monetária dos Estados Unidos, diminuindo os estímulos para o aumento da liquidez nos mercados. Para a entidade. Esse é um dos fatores desse mau desempenho da economia global.


Outro é o crescimento abaixo das expectativas nas economias emergentes devido aos gargalos na infraestrutura e a outras restrições de capacidade em função da desaceleração na demanda externa e das preocupações com a estabilidade financeira, e, em alguns casos de políticas fracas dos governos. O terceiro fator é a recessão na zona do euro que continua mais profunda do que o esperado, com baixa demanda, queda na confiança e sofrendo os impactos dos arrochos fiscais e financeiros. A Zona do Euro só deverá retomar o crescimento em 2014. Já a Espanha não deverá sair da crise no próximo ano e, no máximo, deixará de ver o PIB encolher.

O FMI sugere, entre outras coisas, uma ação política adicional dos governos para assegurar um crescimento global, como manter uma política macroeconômica favorável ao crescimento, combinando planos para garantir sustentabilidade nas dívidas soberanas de médio prazo e também a realização de reformas para estimular a oferta de crédito. Em relação ao Brasil, o FMI aconselha que o país não deve usar estímulo monetário adicional neste momento.

O órgão também advertiu que o crescimento global pode desacelerar ainda mais se a retirada do enorme estímulo monetário nos Estados Unidos levar a uma reversão dos fluxos de capital e reduzir o crescimento nos países em desenvolvimento.

do Correio Braziliense

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