Ana SilvaParque eólico no RN: leilões garantem mercado aos investidores
O leilão inclui projetos de oito Estados, com destaque para Bahia e Rio Grande do Sul. São 123 projetos baianos, com capacidade de 2.920 MW de potência. No território gaúcho, a oferta de 2.006 MW abrange 94 projetos eólicos. Também foram habilitados projetos nos Estados do Ceará (63 usinas), Rio Grande do Norte (41), Piauí (31), Pernambuco (14), Paraíba (9) e Maranhão (2).
Na visão do presidente da EPE, Mauricio Tolmasquim, o grande volume habilitado para o leilão deve resultar em uma “competição acirrada”.
O presidente da EPE destacou que este leilão será realizado com novas regras. “Pelo novo procedimento, haverá apenas 10% de probabilidade de o parque produzir menos energia do que a quantidade vendida no leilão”, destacou a EPE em nota.
A regra pretende aumentar o grau de confiabilidade da fonte eólica para o setor elétrico brasileiro, mesma razão que levou a EPE a condicionar a contratação das usinas eólicas à garantia de conexão junto à rede de transmissão. “Isso elimina o risco de os empreendimentos ficarem prontos e não terem como escoar a eletricidade gerada”, ressaltou Tolmasquim na nota.
A nova regra – implementada após atrasos em obras de linhas de transmissão que têm impedido a geração de energia em parques eólicos já concluídos - vem sendo criticada por alguns investidores. Com a exigência, eles temem que a concorrência no leilão caia e que a energia eólica fique mais cara e menos competitiva em comparação com outras fontes de energia.
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