O Rio Grande do Norte tem, atualmente, 48.730 jovens na faixa etária de 18 a 24 anos fora da escola. O mais grave é que esses jovens não trabalham, nem procuram emprego. O número foi apresentado durante o seminário “Educação para o mundo do trabalho”, realizado na Casa da Indústria.
A reunião foi na quarta-feira (11). Na ocasião, gestores do Sistema
Indústria, além representantes das Secretarias de Educação e jornalistas,
debateram novas políticas para a educação no país. O workshop “Educação para o
mundo do trabalho”, realizado em parceira com a Confederação Nacional da
Indústria (CNI) reuniu entidades da sociedade civil em busca de desenvolver uma
política educacional para os jovens entre 17 e 24 anos. O evento contou com a participação
da especialista de negócios sociais da CNI, Hydnea Poncian Barreto, e do
consultor em educação Paulo Kramer.
Para Hydnea
Barreto, o principal desafio é “atingir o público ‘nem nem’, aquele que nem
estuda, nem trabalha; e hoje eles são 5.6 milhões no país, entre os 18 a 25
anos”. Ela destaca ainda a necessidade de olhar a educação com novos olhos.
“Avançamos muito nos últimos 15 anos, mas em oferta de curso, não em qualidade.
Mas ou nós pensamos na educação ou vamos desacelerar a economia brasileira.
Desta forma vamos retroagir a década de 20 e vender commodities, só que ao
invés de café e açúcar será petróleo e minérios”, enfatizou. O diretor regional
do SENAI-RN, Afonso Avelino Dantas, o superintendente do SESI-RN, Marco Lael e
mais cerca de 20 pessoas participaram do workshop para elaborar uma agenda
propositiva que será montada e apresentada ao Governo Federal dia 30 de
outubro, em Brasília.
TN
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